quinta-feira, 30 de junho de 2016

Veep – 5ª Temporada

veep s5

Para mim é a melhor comédia no ar até agora. É de uma inteligência e escrotidão que são impossíveis de precisar. Mas na medida perfeita.

Julia Louis-Dreyfus segue impecável interpretando uma mulher essencialmente má, falsa e egoísta, mas muito carismática e genial. Não consigo ter raiva de Selina Meyer.

A temporada corre no momento de solução do imbróglio de empate nas eleições ocorrida na temporada anterior. Nisso há uma feroz disputa política com o personagem Tom James, interpretado muito bem pelo Hugh Laurie.

Os diálogos são ótimos, tal qual a presença dos coadjuvantes, todos perfeitos. Essa série é um ponto alto do ano.

Quero destacar uma pergunta feita entre os personagens que recebeu a seguinte resposta: “tenho duas bolas enormes, nenhuma delas de cristal”. Veep é isso.

Até o ano que vem e não sei o que esperar na série, com Selina completamente derrotada.

FDL

terça-feira, 28 de junho de 2016

Operação Big Hero

big heroFilme: Operação Big Hero (Big Hero)
Nota: 8,5
Elenco: vozes desconhecidas para mim
Ano: 2014
Direção: Don Hall, Chris Williams

 

 

 

 

 

Acabei vendo por indicação de uma amiga numa tarde com amigos e realmente é uma boa opção da Disney, que eu sinceramente acho que andou sofrendo uma crise criativa nos últimos anos.

De todo modo, a ideia de San Fransokyo, da influência japonesa e tecnológica rendeu um bom filme, com todos aqueles apelos que a Disney faz muito bem.

Continuo sentindo falta de uma trilha sonora mais marcante, algo que completa esse tipo de produção.

Baymax já marcou.

Acredito que venha uma continuação no futuro e com certeza assisto.

Recomendo.

FDL

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Donnie Darko

Em muitos casos primeiro vem o livro, depois o povo aproveita e faz o filme. Com Donnie Darko é bem diferente. O filme lançado em 2001 nem foi um sucesso tão grande, mas acabou sendo queridinho pela galera cult, então, agora em 2016 a Editora Darkside editou um livro com um puta acabamento com entrevistas, bastidores e entrevistas com o cineasta responsável por essa estranha e inteligente obra.

Eu nunca tinha visto esse filme, mais por conta da falta de interesse por assuntos de ficção científica. Só que com o anúncio do livro eu fui pesquisar um pouco mais e acabei vendo do que se tratava e acabei assistindo.

O filme me fez encomendar esse livro em pré-venda, que li inteiro logo que chegou. Será que eu gostei?

Vamos ao filme primeiro.

donnie darko - filmeFilme: Donnie Darko
Nota: 10
Elenco: Jake Gyllenhaal, Drew Barrymore, Patrick Swayze, Maggie Gyllenhaal
Ano: 2001
Direção: Richard Kelly (também escreveu)

 

 

 

 

O começo dos anos 200 foi marcado por esses filmes confusos, que misturam as imagens com a psicologia, com memórias, com ilusões e com o metafísico. Assisti a vários deles e confesso que são um desafio aos neurônios ou porque são nebulosos e vagos demais ou porque são inteligentes demais.

Donnie Darko é as duas coisas, ainda com teorias físicas enfiadas no meio.

O protagonista, cujo nome é o título do filme, interpretado pelo Jake Gyllenhaal, é um adolescente problemático com histórico de doença mental. Em uma certa madrugada ele vê uma bizarra figura fantasiada de coelho que o pede para sair de seu quarto e segui-lo. No dia seguinte ele descobre que uma turbina de avião caiu em seu quarto e certamente o teria matado se estivesse lá.

Durante o filme Donnie tem vários contatos com o coelho, que lhe dá um tempo de contagem regressiva para o mundo acabar. Enquanto isso ele manipula o adolescente a cometer uma série de vandalismos na comunidade.

donnie-darko-braço

O final do filme é bem aberto e sujeito a algumas interpretações. Só que logo após assistir eu acabei vendo um blog com uma teoria dos universos paralelos muito interessante, mas não salvei o link e agora não lembro qual foi. Essa teoria é justamente adaptada das entrevistas que o diretor Richard Kelly deu (que foram adicionadas no livro recém lançado).

Não bastasse a proposta diferente e inteligente, há ótimos atores, diversas passagens e paralelo à trama principal, Donnie vai encarando diversas demagogias na sociedade. O clima de hipocrisia reina na sua comunidade. Só que no espírito de que o mundo vai acabar, ele também detona com tudo.

Gostei muito de todas as cenas da Drew Barrimore, como uma professora moderna que faz os alunos questionarem. Obviamente é pressionada pelos conservadores.

Também destaco a excelente cena, muito bem interpretada pelo Jake Gyllenhaal quando o picareta Jim Cunningham vai dar uma palestra na sua escola e Donnie ataca suas fórmulas e argumentos simplistas, tão vazios, mas ao mesmo tempo tão palatáveis, que engana os fracos.

No final, esse filme me marcou muito, mesmo eu não conseguindo entender 100% dele (juro que a teoria dos universos tangenciais faz bastante sentido).

Qual é a cereja do bolo de um bom filme? Claro, trilha sonora. Aí sim a experiência inexplicável de ver um filme fica perfeita. Com Donnie Darko não seria diferente.

A história se passa no final dos anos 80 e a música dessa época foi muito bem explorada, com Never Tear Us Apart – INXS, Head Over Heels - Tears For Fears, Love Will Tear Us Apart - Joy Division, The Killing Moon - Echo & The Bunnymen e a música final, que deu um excelente efeito dramático: Mad World - Michael Andrews & Gary Jules

 

Com um filme louco desses a gente só pode assistir e gostar, concluindo que o mundo está ou é louco mesmo.

Vamos ao livro.

donnie-darko-darkside-banner-interno

“DONNIE (furioso)

Quanto eles estão te pagando para estar aqui?

JIM CUNNINGHAM

Desculpe? Qual o seu nome, filho?

DONNIE

Gerald.

JIM CUNNINGHAM

Bem, Gerald, eu acho que você está com medo.

DONNIE

Bem, Jim... eu acho que você só fala merda!

Escutam-se cochichos pelo lugar. Algumas gargalhadas dos alunos.

Você está falando essas bostas todas para nos fazer comprar seu livro? Porque, deixa eu te contar uma coisa, esse foi o pior conselho que eu já ouvi (para a garota idiotinha). Se você quer que sua irmã perca peso, diga para ela sair do sofá, parar de comer Twinkies... e talvez entrar no time de hóquei na grama. (para o garoto magricela). Você nunca vai saber o que quer ser quando crescer. Na maior parte do tempo, ninguém sabe. Que quanto a você, Jim? (para Larry) E você... cansou de ter sua cabeça enfiada na privada por algum moleque babaca? Então vá levantar peso... faça uma aula de caratê. E quando ele tentar fazer isso de novo, chuta ele no saco.

Mais burburinhos no local... As gargalhadas dos alunos ficam mais altas.

JIM CUNNINGHAM

(perdendo a calma)

Acho que você tem medo de me pedir um conselho. Acho que você é um jovem muito problemático... e confuso. Acho que você está procurando respostas nos lugares errados.

DONNIE

(pausa longa)

Bem, eu acho que você é a porra do Anticristo”

(Richard Kelly)

Esse livro começa facilmente sendo excelente para simplesmente deixar na estante de livros. O acabamento é muito bonito e fodão. Tem capa dura e uma arte gráfica muito bem feita.

Além disso, as páginas são ilustradas e com um acabamento realmente feito para fã.

Quanto ao conteúdo, realmente é raso, mas não por nenhuma incompetência, eu acho. É porque não há nada mesmo, é um filme de roteiro original.

No começo há uma longa entrevista com Richard Kelly, que fala sobre sua vida, sobre o processo de criação, desenvolvimento e lançamento do filme Donnie Darko. É bem interessante e dá algumas pistas sobre o que ele quis com essa história.

Depois há o roteiro final completo do filme, com todos os diálogos. Isso é bem legal, porque lê-lo é como rever tudo.

Por fim há algumas páginas com o que seria o livro “A Filosofia da Viagem no Tempo”, de Roberta Sparrow, livro este que é utilizado por Donnie no filme e embasa toda a história, dando várias explicações ao final.

Mesmo sendo curto, com pouco mais de 200 páginas, há muitas figuras, informações e destaques, que apenas enriquecem a experiência de conhecer essa obra. Vale a pena com certeza, porque fica para a posteridade.

Recomendo tudo, filme, livro e tudo mais que aparecer.

FDL

quarta-feira, 15 de junho de 2016

O Homem Que Sabia Demais

o homem que sabia demaisFilme: O Homem Que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much)
Nota: 9,5
Elenco: James Stewart, Doris Day
Ano: 1956
Direção: Alfred Hitchcock

 

 

 

 

Seguindo a atrasada temporada anual de filmes antigos eu adicionei esse clássico do Hitchock na lista e acabo postando com algumas semanas de atraso.

“Durante suas férias no Marrocos, Ben McKenna (James Stewart), um médico, e sua família se envolvem acidentalmente em uma trama internacional de assassinato, quando um moribundo fala ao ouvido de Ben algumas palavras. Para impedi-lo de denunciar a trama à polícia, os conspiradores resolvem então sequestrar seu filho.”

O filme além de ter um visual extremamente bonito, tem ótimos atores e um suspense tenso que nos prende do começo ao fim.

Esse estilo de filme, que fez muito sucesso nessa época, é extremamente agradável de ver. A tensão fica por uma mistura de fatores, sem exageros, em uma época que equilíbrio significava bom gosto.

Nem tem o que dizer da musiquinha “Que sera, sera... Whatever Will Be, Will Be”, que fica na cabeça, em uma cena bonita da Doris Day e no final também. Essa música levou o Oscar de 1957.

 

Mais um clássico obrigatório para quem gosta de cinema.

FDL

domingo, 5 de junho de 2016

2 Broke Girls – 5ª Temporada

2BrokeGirlsEu reclamo dessa série, mas sempre volto e termino de ver em maratona no final das temporadas.

É boba e com piadas de péssimo gosto, mas quem sabe eu seja bobo e de mau gosto? Não importa. O negócio é que eu dou risada e acaba sendo uma distração leve.

Nessa temporada houve duas fases bem separadas: um começo com bastante enrolação em tretas com as vendas de cupcakes na janelinha e depois com a produção de um filme sobre a vida de Caroline.

Além disso, surgiu um possível namorado para Max, mas sabemos que essas coisas são pura enrolação.

A série não sai do lugar e às vezes fico contente em estar vendo sozinho para não compartilhar o nível das piadas, mas faz parte, não deixa de ser engraçado e em alguns momentos é disso que a gente precisa.

Não sei por quanto tempo vou aguentar essa série, mas por enquanto tá indo.

FDL

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Os Pássaros

Os PássarosFilme: Os Pássaros (The Birds)
Nota: 9,5
Elenco: Tippi Hedren, Rod Taylor, Jessica Tandy
Ano: 1963
Direção: Alfred Hitchcock

 

 

 

 

 

Na tentativa de melhorar meu conhecimento da obra do mestre Hitchock, aproveitei uns dias de folga para ver esse clássico, que tinha deixado passar.

É suspense com S maiúsculo mesmo. Tem uma história meio sem pé nem cabeça e sem explicação, mas o charme desse filme está nisso, eu acho.

Foi indicado ao Oscar de efeitos especiais e realmente você percebe o investimento feito nisso. Os ataques dos pássaros são muito bem feitos, ficando difícil imaginar a tecnologia utilizada em 1963 para isso.

Há várias discussões éticas durante o filme, sobretudo na cena dentro do bar. Questões filosóficas interessantes são levantadas e o filme fica mais rico.

Os Pássaros é mais uma obra de Alfred Hitchcock que foi inspirada em um livro. Por coincidência, dias após ver o filme vi que no segundo semestre o livro será lançado no Brasil em edição caprichada. Claro que vou comprar e ler.

Obviamente que eu recomendo!

FDL