Para mim é a melhor comédia no ar até agora. É de uma inteligência e escrotidão que são impossíveis de precisar. Mas na medida perfeita.
Julia Louis-Dreyfus segue impecável interpretando uma mulher essencialmente má, falsa e egoísta, mas muito carismática e genial. Não consigo ter raiva de Selina Meyer.
A temporada corre no momento de solução do imbróglio de empate nas eleições ocorrida na temporada anterior. Nisso há uma feroz disputa política com o personagem Tom James, interpretado muito bem pelo Hugh Laurie.
Os diálogos são ótimos, tal qual a presença dos coadjuvantes, todos perfeitos. Essa série é um ponto alto do ano.
Quero destacar uma pergunta feita entre os personagens que recebeu a seguinte resposta: “tenho duas bolas enormes, nenhuma delas de cristal”. Veep é isso.
Até o ano que vem e não sei o que esperar na série, com Selina completamente derrotada.
Filme: Operação Big Hero (Big Hero) Nota: 8,5 Elenco: vozes desconhecidas para mim Ano: 2014 Direção: Don Hall, Chris Williams
Acabei vendo por indicação de uma amiga numa tarde com amigos e realmente é uma boa opção da Disney, que eu sinceramente acho que andou sofrendo uma crise criativa nos últimos anos.
De todo modo, a ideia de San Fransokyo, da influência japonesa e tecnológica rendeu um bom filme, com todos aqueles apelos que a Disney faz muito bem.
Continuo sentindo falta de uma trilha sonora mais marcante, algo que completa esse tipo de produção.
Baymax já marcou.
Acredito que venha uma continuação no futuro e com certeza assisto.
Em muitos casos primeiro vem o livro, depois o povo aproveita e faz o filme. Com Donnie Darko é bem diferente. O filme lançado em 2001 nem foi um sucesso tão grande, mas acabou sendo queridinho pela galera cult, então, agora em 2016 a Editora Darkside editou um livro com um puta acabamento com entrevistas, bastidores e entrevistas com o cineasta responsável por essa estranha e inteligente obra.
Eu nunca tinha visto esse filme, mais por conta da falta de interesse por assuntos de ficção científica. Só que com o anúncio do livro eu fui pesquisar um pouco mais e acabei vendo do que se tratava e acabei assistindo.
O filme me fez encomendar esse livro em pré-venda, que li inteiro logo que chegou. Será que eu gostei?
O começo dos anos 200 foi marcado por esses filmes confusos, que misturam as imagens com a psicologia, com memórias, com ilusões e com o metafísico. Assisti a vários deles e confesso que são um desafio aos neurônios ou porque são nebulosos e vagos demais ou porque são inteligentes demais.
Donnie Darko é as duas coisas, ainda com teorias físicas enfiadas no meio.
O protagonista, cujo nome é o título do filme, interpretado pelo Jake Gyllenhaal, é um adolescente problemático com histórico de doença mental. Em uma certa madrugada ele vê uma bizarra figura fantasiada de coelho que o pede para sair de seu quarto e segui-lo. No dia seguinte ele descobre que uma turbina de avião caiu em seu quarto e certamente o teria matado se estivesse lá.
Durante o filme Donnie tem vários contatos com o coelho, que lhe dá um tempo de contagem regressiva para o mundo acabar. Enquanto isso ele manipula o adolescente a cometer uma série de vandalismos na comunidade.
O final do filme é bem aberto e sujeito a algumas interpretações. Só que logo após assistir eu acabei vendo um blog com uma teoria dos universos paralelos muito interessante, mas não salvei o link e agora não lembro qual foi. Essa teoria é justamente adaptada das entrevistas que o diretor Richard Kelly deu (que foram adicionadas no livro recém lançado).
Não bastasse a proposta diferente e inteligente, há ótimos atores, diversas passagens e paralelo à trama principal, Donnie vai encarando diversas demagogias na sociedade. O clima de hipocrisia reina na sua comunidade. Só que no espírito de que o mundo vai acabar, ele também detona com tudo.
Gostei muito de todas as cenas da Drew Barrimore, como uma professora moderna que faz os alunos questionarem. Obviamente é pressionada pelos conservadores.
Também destaco a excelente cena, muito bem interpretada pelo Jake Gyllenhaal quando o picareta Jim Cunningham vai dar uma palestra na sua escola e Donnie ataca suas fórmulas e argumentos simplistas, tão vazios, mas ao mesmo tempo tão palatáveis, que engana os fracos.
No final, esse filme me marcou muito, mesmo eu não conseguindo entender 100% dele (juro que a teoria dos universos tangenciais faz bastante sentido).
Qual é a cereja do bolo de um bom filme? Claro, trilha sonora. Aí sim a experiência inexplicável de ver um filme fica perfeita. Com Donnie Darko não seria diferente.
A história se passa no final dos anos 80 e a música dessa época foi muito bem explorada, com Never Tear Us Apart – INXS, Head Over Heels - Tears For Fears, Love Will Tear Us Apart - Joy Division, The Killing Moon - Echo & The Bunnymen e a música final, que deu um excelente efeito dramático: Mad World - Michael Andrews & Gary Jules
Com um filme louco desses a gente só pode assistir e gostar, concluindo que o mundo está ou é louco mesmo.
Vamos ao livro.
“DONNIE (furioso)
Quanto eles estão te pagando para estar aqui?
JIM CUNNINGHAM
Desculpe? Qual o seu nome, filho?
DONNIE
Gerald.
JIM CUNNINGHAM
Bem, Gerald, eu acho que você está com medo.
DONNIE
Bem, Jim... eu acho que você só fala merda!
Escutam-se cochichos pelo lugar. Algumas gargalhadas dos alunos.
Você está falando essas bostas todas para nos fazer comprar seu livro? Porque, deixa eu te contar uma coisa, esse foi o pior conselho que eu já ouvi (para a garota idiotinha). Se você quer que sua irmã perca peso, diga para ela sair do sofá, parar de comer Twinkies... e talvez entrar no time de hóquei na grama. (para o garoto magricela). Você nunca vai saber o que quer ser quando crescer. Na maior parte do tempo, ninguém sabe. Que quanto a você, Jim? (para Larry) E você... cansou de ter sua cabeça enfiada na privada por algum moleque babaca? Então vá levantar peso... faça uma aula de caratê. E quando ele tentar fazer isso de novo, chuta ele no saco.
Mais burburinhos no local... As gargalhadas dos alunos ficam mais altas.
JIM CUNNINGHAM
(perdendo a calma)
Acho que você tem medo de me pedir um conselho. Acho que você é um jovem muito problemático... e confuso. Acho que você está procurando respostas nos lugares errados.
DONNIE
(pausa longa)
Bem, eu acho que você é a porra do Anticristo”
(Richard Kelly)
Esse livro começa facilmente sendo excelente para simplesmente deixar na estante de livros. O acabamento é muito bonito e fodão. Tem capa dura e uma arte gráfica muito bem feita.
Além disso, as páginas são ilustradas e com um acabamento realmente feito para fã.
Quanto ao conteúdo, realmente é raso, mas não por nenhuma incompetência, eu acho. É porque não há nada mesmo, é um filme de roteiro original.
No começo há uma longa entrevista com Richard Kelly, que fala sobre sua vida, sobre o processo de criação, desenvolvimento e lançamento do filme Donnie Darko. É bem interessante e dá algumas pistas sobre o que ele quis com essa história.
Depois há o roteiro final completo do filme, com todos os diálogos. Isso é bem legal, porque lê-lo é como rever tudo.
Por fim há algumas páginas com o que seria o livro “A Filosofia da Viagem no Tempo”, de Roberta Sparrow, livro este que é utilizado por Donnie no filme e embasa toda a história, dando várias explicações ao final.
Mesmo sendo curto, com pouco mais de 200 páginas, há muitas figuras, informações e destaques, que apenas enriquecem a experiência de conhecer essa obra. Vale a pena com certeza, porque fica para a posteridade.
Recomendo tudo, filme, livro e tudo mais que aparecer.
Seguindo a atrasada temporada anual de filmes antigos eu adicionei esse clássico do Hitchock na lista e acabo postando com algumas semanas de atraso.
“Durante suas férias no Marrocos, Ben McKenna (James Stewart), um médico, e sua família se envolvem acidentalmente em uma trama internacional de assassinato, quando um moribundo fala ao ouvido de Ben algumas palavras. Para impedi-lo de denunciar a trama à polícia, os conspiradores resolvem então sequestrar seu filho.”
O filme além de ter um visual extremamente bonito, tem ótimos atores e um suspense tenso que nos prende do começo ao fim.
Esse estilo de filme, que fez muito sucesso nessa época, é extremamente agradável de ver. A tensão fica por uma mistura de fatores, sem exageros, em uma época que equilíbrio significava bom gosto.
Nem tem o que dizer da musiquinha “Que sera, sera... Whatever Will Be, Will Be”, que fica na cabeça, em uma cena bonita da Doris Day e no final também. Essa música levou o Oscar de 1957.
Mais um clássico obrigatório para quem gosta de cinema.
Eu reclamo dessa série, mas sempre volto e termino de ver em maratona no final das temporadas.
É boba e com piadas de péssimo gosto, mas quem sabe eu seja bobo e de mau gosto? Não importa. O negócio é que eu dou risada e acaba sendo uma distração leve.
Nessa temporada houve duas fases bem separadas: um começo com bastante enrolação em tretas com as vendas de cupcakes na janelinha e depois com a produção de um filme sobre a vida de Caroline.
Além disso, surgiu um possível namorado para Max, mas sabemos que essas coisas são pura enrolação.
A série não sai do lugar e às vezes fico contente em estar vendo sozinho para não compartilhar o nível das piadas, mas faz parte, não deixa de ser engraçado e em alguns momentos é disso que a gente precisa.
Não sei por quanto tempo vou aguentar essa série, mas por enquanto tá indo.
Na tentativa de melhorar meu conhecimento da obra do mestre Hitchock, aproveitei uns dias de folga para ver esse clássico, que tinha deixado passar.
É suspense com S maiúsculo mesmo. Tem uma história meio sem pé nem cabeça e sem explicação, mas o charme desse filme está nisso, eu acho.
Foi indicado ao Oscar de efeitos especiais e realmente você percebe o investimento feito nisso. Os ataques dos pássaros são muito bem feitos, ficando difícil imaginar a tecnologia utilizada em 1963 para isso.
Há várias discussões éticas durante o filme, sobretudo na cena dentro do bar. Questões filosóficas interessantes são levantadas e o filme fica mais rico.
Os Pássaros é mais uma obra de Alfred Hitchcock que foi inspirada em um livro. Por coincidência, dias após ver o filme vi que no segundo semestre o livro será lançado no Brasil em edição caprichada. Claro que vou comprar e ler.