Essa série foi uma surpresa da Summer Season. A famosa época de tapa-buraco das emissoras abertas nos EUA e a de apostas de algumas emissoras de tv a cabo.
Acontece que na tv a cabo a qualidade da programação está se saindo muito melhor. Isso é consquência direta da menor especulação por audiência, o que faz com que se tenha ao menos um pouco mais de apreço pelo telespectador.
Suits é uma série com advogados, mas no mundo de fora dos tribunais. A história se passa dentro do escritório de advocacia, nas tramoias pela sociedade, nos acordos judiciários e nos conflitos de ética que ficam por debaixo dos panos.
Harvey Specter é o advogado mais talentoso do escritório Pearson Hardman, o que gera muita inveja de seu rival, o advogado nerd-ridículo Louis. A história se desenvolve quando Harvey está para contratar um novo advogado novato e, durante as entrevistas, se depara com Mike Ross.
Mike Ross é um jovem brilhante, mas com decisões auto-destrutivas. Possui grande memória fotográfica e numérica, além de ter grande capacidade de aprender as coisas. Apesar disso, é inocente e cai fácil na lábia e seu melhor amigo, que acaba o deixando em uma roubada e, ao fugir da polícia, acaba indo parar na entrevista do advogado Harvey.
Depois de se frustrar ao não encontrar um bom associado, Harvey se interessa pela história de Mike e resolve o contratar depois de ver sua inteligência. Ocorre que Mike nunca fez faculdade, muito menos direito em Harvard, o requisito principal do escritório. Para isso, ambos irão mentir e fingir que Mike estudou lá.
A série se desenvolve a partir daí com casos da semana e com uma história central que acompanha. Sempre circulando entre a mentira de Mike, seu aprendizado e os conflitos éticos da prática da advocacia.
No final, não teve jeito, quando o negócio pega, apelamos para o direito penal. A temporada terminou com um grande gancho, que nos deixou bem curiosos para a nova temporada.
Suits tem muitos acertos. Os atores estão muito bem e com uma grande química. A advocacia é muito bem tratada e a série tem aquele algo a mais inexplicável, que nos prende e dá vontade de permanecer assistindo.
Isso sim é uma boa série de direito, nao Franklin an Bash, meu amigo que me mandou assistir documentário, porque não sabe ler uma crítica fundamentada.