domingo, 28 de outubro de 2018

Do Inferno – Alan Moore e Eddie Campbell

do inferno allan moorePara encerrar o mês do horror vamos de mais uma HQ. Do Inferno é trata da história de Jack, o Estripador, o famoso serial killer que nunca foi preso ou descoberto no século XIX em Londres.

A HQ é enorme, tanto no tamanho das folhas quanto e quantidade de páginas. Achei que seria rapidinho e levei um tempão para ler tudo.

Os desenhos em alguns momentos são confusos e cansativos de entender, do mesmo modo a narrativa não me chamou muito a atenção, com idas e vindas no tempo, personagens demais, enfim, faltou algo e essa história não me cativou.

Há um filme que eu já assisti há muito tempo que é sobre essa história. É com o Johnny Depp. Minha ideia era rever, mas depois da leitura da HQ eu acabei não me empolgando muito.

Aviso que ela é bastante forte em cenas de sangue e sexo, então quem for mais sensível vai ficar de mimimi.

Achei que todo o clima e esse tipo de história que eu gosto fosse me conquistar, mas dessa vez acabou não rolando.

FDL

sábado, 27 de outubro de 2018

Edgar Allan Poe Medo Clássico–B

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Li a primeira parte dessa edição do Medo Clássico no ano passado. Acabei conhecendo os contos aos poucos, de forma esporádica. Agora no mês do terror de 2018 eu resolvi dar cabo na obra.

Seguimos com os contos que realmente importaram, porque os outros ou são muito curtos e não valem muita explicação, ou realmente não achei nada demais.

Berenice

Já recomeçamos esse livro com um conto com bastante cara de terror.

O conto tem como protagonista Egeu, que conta sua história com a prima Berenice. Ela era muito bela, mas ficou doente com alguma espécie de catalepsia. Acabou ficando feia.

Acontece que Egeu também é doente, diz sofrer de monomania. Algo parecido com obsessão.

Berenice acaba por assustar o autor com a feiura que vai adquirindo, principalmente seus dentes. Até que morre.

O que acontece depois da morte, envolvendo a monomania, os dentes e a catalepsia, deixo para quem quer ler.

Um dos melhores contos de Poe até agora.

Ligeia

É um conto parecido com o anterior. Nessse, o protagonista é apaixonado por ligeia e a descreve também como muito bela. Ocorre que ela fica doente e morre, deixando-lhe um poema para ler em seu leito de morte.

Depois disso o protagonista casa-se novamente, mas sua nova esposa não tem uma saúde muito forte e acaba falecendo.

O problema é que nos preparativos do velório, enquanto está sozinho com a esposa, o narrador começa a desconfiar que “se apressou”, que ela estaria viva ainda. Porém, sempre que se aproximava, notava sinais claros de que ela estava morta.

No final, o corpo se levanta e caminha em direção a ele, com uma grande surpresa.

Achei parecido com a Berenice, mas o primeiro é melhor.

Tem bem o estilo de gótico romântico, com a musa pálida envolvida na morte e o amor como sofrimento pela saudade e as dores da vida cruel.

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Os outros contos são Eleonora, Manuscrito Encontrado Numa Garrafa e O escaravelho de ouro, que não me marcaram muito ou eu não entendi a pegada.

O livro encerra com o conto O Corvo, famoso do autor, também com a tradução feita pelo Machado de Assis.

Gostei de terminar esse livro e ter contato com a obra de Poe, que mesmo não sendo meu autor preferido, é um clássico e tem muitas coisas que eu acabei gostando.

Agora, já foi lançado o volume 2. Quando será que eu leio?

FDL

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

A Hora do Pesadelo

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Para esse final de mês do horror eu resolvi ler esse livro que a DarkSide lançou sobre o filme de Freddy Krueger.

Ele segue o mesmo esquema do Sexta-Feira 13 e do Massacre da Serra Elétrica, que eu li no mês do terror do ano passado.

São histórias dos bastidores, desde a criação do roteiro, contratação, escolha de elenco, gravação, pós-produção, lançamento e entrevistas mais atuais com o elenco.

De toda forma, mesmo sendo cheio de detalhes que não são lá tão interessantes, é bom conhecer os registros dos bastidores de um filme tão icônico do terror.

Como eu só tinha visto esse filme na pré-adolescência, era a chance de revê-lo. Será que envelheceu bem?

hora do pesadelo - filmeFilme: A Hora do Pesadelo ( A Nightmare on Elm Street)
Elenco: Heather Langenkamp, Robert Englund, Johnny Depp
Nota: 9
Ano: 1984
Direção: Wes Craven

Fiquei surpreso como os efeitos ainda estão bons, mesmo sendo um filme com mais de 30 anos.

A história é bobinha, do mesmo modo a atuação da protagonista, que dá senhores gritos.

É filme de terror do estilo clássico, com o suspense da presença, o grito, a perseguição e a morte.

Interessante ter sido esse filme que lançou a carreira de Johnny Depp como ator, enquanto era um adolescente ainda.

Esse filme influenciou muitas histórias de terror que viriam no futuro e até gerou trocentas continuações. Mas é uma diversão boa. Saudades do tempo em que ver um filme desses era uma grande ousadia.

É nostálgico e muito bom.

Recomendo que revejam.

FDL

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Forever – 1ª Temporada

forevers1Bem que dizem que comédia ultimamente não passa de um drama de 30 minutos.

Quando eu vi na Amazon essa sinopse com o Fred Armisen e a Maya Rudolph, certamente achei que daria risadas.

Não foi o caso.

A série mostra o casal que tem uma vida monótona, sem coragem de dar uma guinada, morrendo e vivendo o tal paraíso perfeito. Mas a perfeição também é monótona.

Pior de tudo que essa série não foi ruim. Mas também foi longe de ser excelente. Agora, não tenho a menor dúvida de que isso não é uma comédia. Não é pra rir.

De todo modo, por ser curtinha, vou ver a segunda temporada, se tiver.

FDL

domingo, 21 de outubro de 2018

Frankenstein – Mary Shelley

“Quando descobri um poder tão assombroso posto em minhas mãos, hesitei por um bom tempo no tocante ao modo pelo qual deveria emprega-lo. Embora possuísse a capacidade de animar, mesmo que tivesse de preparar uma compleição para recepcionar tal animação com todos os meandres de fibras, músculos e veias, ainda restava uma obra de inconcebível dificuldade e labor. No princípio duvidei se deveria tentar a criação de um ser como uma organização mais simples, mas minha imaginação estava demasiado exaltada com meu primeiro sucesso para permitir-me duvidar da capacidade de dar vida a um animal tão complexo e maravilhoso como o homem.”

Mary Shelley

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Para o desafio dos 12 livros para 2018, no mês do horror eu escolhi essa obra clássica da literatura de terror. Esse ar sombrio do século XIX é muito interessante de ler.

A obra de Mary Shelley é famosa: o Dr. Victor Frankenstein acaba criando uma forma de vida em laboratório, uma criatura semelhante ao ser humano. O problema é que a relação entre criador e criatura se mostra tensa e cheia de sutilezas, que são exteriorizadas com mortes e muito horror.

Eu achei que a leitura seria complicada por conta do tempo da escrita e pelo tipo de texto que eu tenho lido ultimamente, mas me enganei. Mary Shelley escreve de forma simples e o texto é bem compreensível, muito embora seja cheio de explorações de dilemas e sentimentos, situação recorrente do período literário a que essa obra pertence.

Gostei muito desse livro e nem preciso dizer que essa edição comemorativa em capa dura lançada é obrigatória para qualquer leitor de suspenses e terror.

Recomendo.

FDL

domingo, 14 de outubro de 2018

Elite – 1ª Temporada

elites1Na eterna busca de um bom suspense, acabei vendo essa estreia da Netflix. É uma produção espanhola, que mostra a relação de tensão entre alunos ricos e bolsistas em uma escola privilegiada.

Há diversos estereótipos e com certeza há muita cópia daquilo que já cansamos de ver.

Mas o assassinato não é que foi interessante?

A protagonista da série é uma personagem boa, tem várias nuances e abriu muitas possibilidades de uma boa história, que foram aproveitadas.

Para quem for ver, prepare-se para muita putaria e várias cenas de nudez, porque isso chama a atenção, né? Em tempos de que precisamos de uma isca para podermos ao menos ter uma oportunidade, é por aí que andam apostando.

Parece que terá segunda temporada. Verei.

FDL

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Outsider – Stephen King

stpehen king outsider“Até 2015, o fórum do condado de Flint City ficava ao lado da cadeia do condado de Flint, o que era conveniente. Os prisioneiros que tinham que ir a uma denúncia só eram levados de uma pilha de pedras góticas para a outra, como crianças crescidas saindo em uma excursão escolar (só que, claro, crianças em uma excursão escolar quase nunca eram algemadas). Agora, havia um Centro Cívico em construção ao lado, e os prisioneiros tinham que ser transportados por seis quarteirões até o novo fórum, uma caixa de vidro de nove andares que os engraçadinhos batizaram de Galinheiro.

No meio-fio em frente à cadeia, esperando para fazer o trajeto, havia duas viaturas da polícia com as luzes piscando, um micro-ônibus azul e o SUV brilhante de Howie. De pé na calçada ao lado deste último veículo e parecendo um motorista com o terno escuro e os óculos ainda mais escuros, estava Alec Pelley. Do outro lado da rua, atrás de cavaletes do departamento de polícia, estavam os repórteres, os câmeras, o pequeno aglomerado de curiosos. Vários carregavam cartazes. Um dizia EXECUTEM O ASSASSINO DE CRIANÇA. Outro dizia MAITLAND VOCÊ VAI ARDER NO INFERNO. Marcy parou no degrau do alto e olhou para aquilo com consternação.”

Stephen King

Não existe mês do horror em Stephen King.

Esse livro foi lançado nesse ano e já aviso que é bem grande. Demanda de um bom tempo para concluir a leitura.

A sinopse que está em todos os lugares:

“O corpo de um menino de onze anos é encontrado abandonado no parque de Flint City, brutalmente assassinado. Testemunhas e impressões digitais apontam o criminoso como uma das figuras mais conhecidas da cidade ― Terry Maitland, treinador da Liga Infantil de beisebol, professor de inglês, casado e pai de duas filhas.

O detetive Ralph Anderson não hesita em ordenar uma prisão rápida e bastante pública, fazendo com que em pouco tempo toda a cidade saiba que o Treinador T é o principal suspeito do crime. Maitland tem um álibi, mas Anderson e o promotor público logo têm amostras de DNA para corroborar a acusação. O caso parece resolvido.

Mas conforme a investigação se desenrola, a história se transforma em uma montanha-russa, cheia de tensão e suspense. Terry Maitland parece ser uma boa pessoa, mas será que isso não passa de uma máscara? A aterrorizante resposta é o que faz desta uma das histórias mais perturbadoras de Stephen King.”

O começo desse livro é sensacional, de fato. O problema é que ele tem uma barriga do começo ao meio, que realmente é insuportável.

Além disso, eu não sabia que a resolução da história se encaminharia para esse lado sobrenatural. Acabei tendo expectativas por um outro tipo de obra.

Ainda assim, o final é bom, bem tenso e nos prende muito. A leitura flui.

Soube depois que essa história é derivada de uma trilogia, chamada Mr. Mercedes, que até tem uma série no ar.

Já rolou um interesse em conhecer mais essas origens. Mas como o tempo é curto, vamos esperar um pouco.

De todo modo, mesmo não sendo aquela coisa toda que prometem e eu esperava, é um bom livro.

FDL

sábado, 6 de outubro de 2018

O Corvo – James O’Barr

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Para o mês do horror resolvi incluir algumas HQs porque é uma forma de literatura bem fértil a esse tipo de tema.

A Editora Darkside lançou recentemente essa obra que está esteticamente perfeita. É em capa dura, tamanho grande, papel nobre, uma qualidade gráfica impecável.

A história é famosa. O Corvo teve a história adaptada aos cinemas no começo dos anos 90 e é marcado pelo acidente de gravação que levou o ator Brandon Lee à morte.

A história mostra um homem que foi assassinado e torturado, junto com o amor da sua vida, mas a dor e o sofrimento o fizeram voltar de alguma forma para se vingar dos criminosos de forma bem violenta.

Os desenhos são bonitos e a história, embora arrastada em alguns momentos, é bem interessante.

Eu até ia ver o filme novamente, mas acabou não dando tempo.

Com certeza é um livro que vale a pena ter.

FDL

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Alerta Negro – Patricia Cornwell

alerta negro patricia cornwell“Uma outra sala dos domínios de Vander abrigava o sistema conhecido como Sistema de Identificação Automática de Digitais, além de sala escura para edição e recuperação de imagens e sons, digitais ou não. Ele supervisionava também o laboratório fotográfico, onde mais de cento e cinqüenta rolos de filme processado saíam diariamente do equipamento automático. Levei algum tempo para localizar Vander, e finalmente o encontrei no laboratório de marcas e pegadas, onde havia embalagens de pizza ordeiramente empilhadas num canto. Policiais criativos as usavam para transportar moldes de marcas de pneus e pegadas. Na parede do fundo estava apoiada a porta que alguém derrubara a pontapés.

Vander, sentado na frente do computador, comparava pegadas na tela repartida. Deixei a maca do lado de fora.

“É muita gentileza sua fazer isso”, falei.

Seus olhos azuis aguados pareciam estar sempre focalizados em outro lugar, e como de costume o avental estava manchado de roxo por causa do Ninhydrin. Uma caneta hidrográfica vazara, manchando um bolso.

“Uma beleza, esse aqui”, ele disse, apontando para a tela ao se levantar. “O sujeito compra sapato novo de sola de couro, você sabe que eles escorregam muito no início, certo? Por isso o espertinho pega uma faca e faz cortes transversais. Vai se casar e não quer correr o risco de escorregar na igreja.”

Segui-o para fora do laboratório, sem a menor disposição para curiosidades.

“Um dia, ele tem a casa roubada. Levaram sapatos, roupas, um monte de coisas. Dois dias depois uma mulher é estuprada no bairro. A polícia encontrou essas pegadas estranhas na cena do crime. E ocorreram muitos arrombamentos de casas na região.”

Entramos no laboratório de luz alternada.

“Pegaram um rapaz. Treze anos.” Vander balançou a cabeça, ao acender a luz. “Não entendo mais essa juventude. Quando eu tinha treze anos, a pior coisa que eu fiz foi atirar num passarinho com espingarda de chumbo.”

Ele montou o Luma-Lite no tripé.

“Isso para mim é péssimo”, falei.”

Patricia Cornwell

Primeiro livro da Cornwell que eu leio em forma de audiobook e só os capítulos finais por escrito. Foi uma boa pedida.

Como as obras da Dra. Scarpetta são cheias de diálogos, fica interessante o formato de audiobook, até parece um podcast ou algo do tipo.

A história mostra Kay recolhendo os caquinhos após a morte de Benton e tendo sua capacidade colocada à prova por conta de seus problemas pessoais. Junto a isso, parece haver alguém sabotando o seu departamento enquanto há um crime de difícil descoberta sendo investigado.

Fora isso, Cornwell segue o mesmo formato, o temperamento explosivo e auto-destrutivo de Marino, a pirralha chata e agressiva da sobrinha genial e Kay misturando seus momentos de insegurança pessoal com excesso de confiança profissional.

Não tem o mesmo viço dos primeiros livros, mas ainda são boas obras. Esse foi o décimo livro da série.

O próximo já quero ler logo, mas me propus a ler pelo menos dois por ano. Nisso estou em dia.

Até o próximo.

FDL