quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Lembra? The Class

the classNesse período do ano em que não há tantas séries no ar e nesse momento da televisão/streaming que parece não ter nada bom para rir, tive que recorrer ao passado para me divertir.

No momento, o politicamente correto faz com que se premiem comédias que não são engraçadas. Jamais vou entender isso. Um humor óbvio também é bom e faz bem para quem assiste.

Na hora pensei em rever a curta porém marcante The Class.

A série teve 18 episódios em única temporada exibida entre 2006 e 2007. A série é assinada por David Crane e Jeffrey Klarik, evidenciando que a ideia era ocupar o espaço deixado em aberto com o fim de Friends e o fracasso do derivado Joey.

The Class tinha 8 personagens principais, ligados pelo fato de terem estudado juntos na segunda série do primário. O reencontro se dá em uma festa organizada por Ethan Haas (Jason Ritter).

Ethan faz essa festa surpresa para sua noiva, celebrando que se conheceram na segunda série. Para isso, reúne todos seus colegas de classe e faz diversos gestos românticos. Resultado: a noiva acha essa fofura um saco e dá o pé nele na frente de todo mundo.

No reencontro vão as duas irmãs Lina Warbler (Heather Goldenhersh) e Kat Warbler (Lizzy Caplan). A primeira acaba de ser traída pelo namorado e precisa sair para esquecer, mas acaba conhecendo o deprimido e suicida Richie Velch (Richie Velch), surgindo um possível romance.

A segunda irmã é bem irônica e mal-humorada, achando graça na tragédia que é a festa. Mas como sua gêmea arranja um possível namorado, ela acaba ficando na festa e sobre justo para ela aturar a choradeira de Ethan, surgindo uma improvável amizade entre pessoas opostas.

Também vão à festa os antigos namorados de escola Duncan Carmelo (Jon Bernthal) e Nicole Allen (Andrea Anders). Eles não se vêem há anos, quando ele terminou com ela. Agora, ela está mais linda do que nunca, casada com um milionário ex-jogador de futebol americano. Ele está pobre e sozinho, ainda morando com sua mãe. Esse reencontro os reaproxima com os dilemas dele de arrepender-se de ter terminado com ela e dela por ser presa em um casamento infeliz.

Completa a lista a jornalista Holly Ellenbogen (Lucy Punch) que hoje é elegante e magra, mas só foi à festa para encontrar o seu ex-namorado da época do Ensino Médio, Kyle Lendo (Sean Maguire). Ela quer esfregar sua felicidade na cara dele, para se vingar do que ocorreu no passado: na noite do baile de formatura ela o flagrou com outro estudante nos amassos. Hoje Kyle tem um companheiro e a surpresa é o marido que Holly tenta esfregar na cara dele como uma vitória: não parece ser o tipo macho alpha.

De uma certa forma, todos os personagens vão acabar se cruzando pelas amizades que ressurgem com essa festa e diversas situações vão ocorrendo envolvendo relacionamentos e confusões em uma série bem leve e engraçada.

Minha personagen preferida é a da Lizzy Kaplan, que já tinha feito sucesso na época com o filme Meninas Malvadas. Ela tem um humor pesado, que geram falas minhas e piadas que faço até hoje.

Com certeza acabou não sendo o novo Friends. Nessa época a disputa por audiência era muito acirrada e a exigência alta para que um programa novo ficasse no ar, sobretudo uma comédia. Acabou não passando da primeira temporada, ainda com um gancho terrível, revelando que esse cancelamento não era esperado.

Foi um dos cancelamentos de séries mais amargos que lembro de ter visto, mas acontece. Serviu para filtrar bem o que começar a assistir na tv americana.

Só que essa série tem algo que é um dos pontos mais fortes de Friends: o humor despretensioso e vindo da observação de uma geração. Claro que os créditos são do escritor, que nesse caso era o mesmo.

Por isso a semelhança com Friends.

Talvez tivesse sido necessária uma quantidade menor de personagens ou uma história mais clara. Não que isso tivesse me incomodado, ao contrário, deu identidade a The Class, mas americano não gosta muito de mudanças na tv comum.

Foi excelente rever a série nessa semana. Dei muita risada e lembrei até de mim mesmo há 10 anos, empolgado com as séries americanas.

Fica a saudade e o gosto de querer mais até hoje. Mas, paciência. Vamos torcer para vir algo tão bom quanto Friends no futuro, mesmo que já tendo passado tanto tempo.

FDL

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