sábado, 31 de dezembro de 2016

Goliath – 1ª Temporada

goliathMuito tem se falado do Netflix e na revolução que esse site fez na maneira de assistirmos séries e filmes. Mas ela tem um concorrente que lá fora mostra sinais de que é melhor ficar de olho, a Amazon. O site já tem séries colecionadoras de prêmios.

Agora no final do ano eles estrearam Goliath, série de suspense, política e tribunal que tem o nome de David E. Kelley na criação. Ainda não fez muito barulho por aqui, justamente porque a Amazon está chegando agora ao Brasil, mas vi que a série agradou a crítica nos EUA.

David E. Kelley estava devendo um bom trabalho para a gente. The Crazy Ones, lá em 2013, não colou. Mas ele tem crédito depois das geniais Monday Mornings, Harry’s Law e Boston Legal, que continua sendo minha série preferida na categoria drama.

O cara trouxe um elenco de peso para a nova série, simplesmente: Billy Bob Thornton, William Hurt, Maria Bello, Molly Parker e outros que frequentemente são vistos em séries boas.

BBT é o advogado Billy McBride, que bebe muito e está na merda, depois de se afundar em um escritório muito famoso e forte que criou com seu ex-sócio e agora inimigo Donald Cooperman (Hurt).

A história envolve um caso no qual Billy acaba topando, sobre uma explosão no mar que matou o funcionário de uma poderosa empresa que fabrica armamentos. Nem preciso dizer que são corruptos. Quem são seus advogados? Claro, o antigo escritório de Billy. Pra piorar, uma das advogadas mais fodonas do lugar é a ex-mulher dele (Bello).

O nome Goliath fica bem claro, porque Billy vai lutar sozinho contra um poderoso e rico escritório de advocacia e vai contar com a ajuda de uma prostituta, de doente mental e vai se virar como pode para ganhar o caso e também se vingar do cara que arruinou sua vida.

A série tem muita conspiração, muita violência e em alguns momentos você acha que é impossível aquilo ir adiante. Mas são 08 episódios que passam rapidinho e você assiste como maratona, porque quer saber o que vai acontecer.

O ponto alto dos trabalhos do Kelley continua sendo o mesmo: os diálogos. São geniais. Some a isso a escalação de excelentes atores e você fica encantado com tudo aquilo, mesmo que inverossímil. Afinal, é ficção mesmo.

Eu nunca fui tão fã do ator Billy Bob Thornton, mas ele esteve excelente no papel de Billy McBride. A cena do embate final com o personagem do Willian Hurt foi um show de atuação e direção.

Quero destacar uma personagem coadjuvante, a Patty Solis-Papagian, que foi interpretada por uma atriz chamada Nina Arianda. Genial. Como queria ser amigo dela. É uma advogada recém-formada em uma faculdade sem prestígio. Ela é desbocada, impaciente, entrona e extremamente insegura com a profissão, tanto que também é corretora de imóveis para sobreviver. Mas ela é um dos pontos altos da série. Bons escritores cuidam muito dos seus coadjuvantes!

Recomendo muito essa série e fico feliz que não esperaremos muito pelo próximo trabalho de Kelley, já que Big Little Lies estreia agora no começo do ano pela HBO. Quanto a uma continuação de Goliath, ainda não há nenhum anúncio da Amazon. Vamos esperar.

Recomendo muito e encerrei o ano com chave de ouro.

FDL

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Menina Má / Tara Maldita

tara malditaFilme: Tara Maldita (The Bad Seed)
Nota: 8,0
Elenco: Nancy Kelly, Patty McCormack
Ano: 1956
Direção: Mervyn LeRoy

 

 

 

 

 

Quando foi lançado o livro Menina Má, do autor William March, eu fui apresentado a essa história, que eu já deveria ter conhecido antes.

Esse filme foi feito em 1956, inspirado no livro citado acima e em uma peça famosa na Broadway que adaptou o romance. Foi indicado a 04 Oscar, inclusive melhor atriz para Nancy Kelly e atriz coadjuvante para Patty McCormack, a terrível Rhoda.

Antes de começar, Tara Maldita não é título de filme pornô. O termo tara já foi muito utilizado nas ciências sociais, em especial a criminologia, para tratar de desvios de comportamentos esperados das pessoas consideradas normais.

Aliás, esse filme/livro é criminologia pura. Vários personagens debatem esse tema no decorrer da história. A grande questão é se as pessoas nascem más ou se tornam, além da dúvida de haver a possibilidade de hereditariedade de tendências homicidas.

Na história, Rhoda é uma linda menina de oito anos, com duas longas tranças loiras e excelentes maneiras e educação. Tudo isso esconde uma pessoa egoísta, manipuladora, fria e assassina.

O enredo se desenvolve a partir da morte de um menino colega de escola de Rhoda, que havia ganho dela em um concurso de caligrafia e obtido uma medalha. A morte suspeita e o comportamento frio da filha acabam gerando a desconfiança da mãe de Rhoda, Christine.

O ponto alto desse filme é o elenco. Você percebe a inspiração em uma peça de teatro desde o começo, seja pelas posições da câmera e cenários, seja pela forma falada dos diálogos. Isso dá um ar diferente na produção toda.

É um pouco lento e enrolado em diversas partes, que também apresentam alguns chavões. Aliás, me ressalvo agora em colocar isso sob outra perspectiva, já que tudo foi feito em 1956 e de lá para cá muita coisa se repetiu.

Há muitos personagens e uma violência até que considerável, levando em conta a época de produção.

A discussão acerca do tema hoje em dia avançou muito e a criminologia hoje tem muito mais complexidades, só que tudo isso possui uma grande validade e essa história nos perturba um pouco, já que a violência infantil é um tema muito desconfortável para muita gente tratar.

Claro que depois do filme meu livro chegou e eu fui ler.

Menina Má – William March

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“Christine sacudiu a cabeça em negativa, deu um suspiro, e olhou para baixo, desamparada. “Não posso. Não posso contar. Nem mesmo a você, Monica.” Ela foi à geladeira, pegou uma caixa de creme de leite e despejou-a na vasilha de estanho de Monica, pensando: Como posso culpar Rhoda por seus atos? Quem tem essa semente do mal e o passou para ela fui eu. Se alguém tem culpa, esse alguém sou eu, e não ela. Subitamente, ela se sentiu ao mesmo tempo humilhada e culpada, pensando em como fora injusta com a criança, mesmo que fosse por falta de informação. “A culpa é minha”, ela repetiu de novo para si. “Sou eu que tenho a semente do mal.”

William March

Logo nas primeiras páginas você observa que não houve apenas uma inspiração na produção do filme. Há diversas passagens idênticas, é como rever tudo. Por isso acabei cansando e não terminando de ler imediatamente, já que essa leitura não trazia nada de novo.

Retomei esses dias e acabei tudo, porque apesar de não ser um livro tão longo, é excessivamente enrolado no meio e corrido no final.

No livro há algumas diferenças importantes. A primeira dela é com relação ao pai de Christine. No filme ele aparece e dá todas as pistas possíveis a respeito da mãe dessa personagem. Isso é importante, porque é de onde sabemos que a personagem vem e os motivos de sua culpa e o que a faz tomar a derradeira atitude.

Spoilers por aqui.

Christine descobre ser adotada e filha biológica de uma notável serial killer. Por isso acha que é culpada pelo comportamento homicida e frio de Rhoda, que teria herdado da avó. Por isso, engana a filha, dando-lhe vários comprimidos para dormir e morrer. Após isso, dá um tiro na própria cabeça.

O filme diverge do livro a partir daí.

Pesquisei em algumas páginas da internet que o público da época do filme achava que seria um final forte e não combinava com os padrões da época um final como esse. Por isso, a despeito do romance terminar com a morte de Christine e Rhoda sobrevivendo sem ninguém saber sobre o que ela fez, o filme foi diferente.

No filme ambas sobrevivem e Rhoda acaba morrendo fulgurada ao tentar recuperar o broche do menino que matou.

Não faz diferença o final, na verdade. O que importa mesmo é que esse livro é perturbador.

Mais do que responder a pergunta se existe alguma hereditariedade no comportamento do serial killer é o da outra questão: o que uma mãe faz se descobre que tem uma filha sem capacidade de ter remorso e mata qualquer um que passa pelo seu caminho? Será que muitas mães fariam o que Christine fez?

O livro é bom, muito embora nos perca nas excessivas e chatas passagens de conflito interior de Christine. A história em si é interessante e perturbadora.

Recomendo tudo.

FDL

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Minha Mãe É Uma Peça 2

minha mãe é uma peça 2Filme: Minha Mãe É Uma Peça 2
Nota: 9,5
Elenco: Paulo Gustavo, Rodrigo Pandolfo, Mariana Xavier, Patricya Travassos, Alexandra Richter, Herson Capri, Samantha Schmütz, Suely Franco
Ano: 2016
Direção: César Rodrigues

 

 

 

 

 

Depois do sucesso de Minha Mãe é Uma Peça em 2013, o comediante Paulo Gustavo escolheu precisamente essas datas festivas para lançar a continuação.

O que eu vi foi um filme sobre família, para as famílias inteiras verem e em uma época que as famílias estão reunidas. Foi isso que aconteceu comigo e fui ao cinema, depois de muito tempo. A chance me fez enfrentar as filas, pipocas caras e ar condicionado capenga.

A história retrata uma fase muito comum nas famílias, o ninho vazio, quando os pais têm de lidar com o fato de que seus filhos crescem e saem de casa.

O filme é mais engraçado ainda e Paulo Gustavo é muito talentoso, porque consegue novamente mesclar cenas de muito humor com passagens sentimentais.

O elenco de coadjuvantes também é excelente e tudo funciona, até uma trilha sonora melancólica no final. Dona Hermínia marca a vida das pessoas, porque é muito real e a gente se identifica.

Dá vontade de ver de novo. Espero que saia logo na internet.

Recomendo e acho totalmente merecido o sucesso que está acontecendo.

FDL

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Millennium: A Menina Que Brincava com Fogo e A Rainha do Castelo de Ar

a menina que brincava com fogo“— Eu perguntei... a senhorita foi até a casa de campo do doutor Bjurman em Stallarholmen com a intenção de atirar em Carl-Magnus Lundin?

— Não, o que o senhor disse foi: "Vamos tentar esclarecer os motivos pelos quais a senhorita foi até Stallarholmen atirar em Carl-Magnus Lundin". Não era uma pergunta. Era uma afirmação antecipando uma resposta. Eu não sou responsável pelas suas afirmações.

— Não seja impertinente. Responda à pergunta.

— Não.

Silêncio.

— Como assim, não?

— Essa é a resposta à pergunta.

O procurador Ekstrõm suspirou. Ia ser um dia longo. Lisbeth Salander o fitou, esperando o resto.”

Stieg Larsson

O ano de 2016 foi longo. Diante das minhas circunstâncias, me recuperando de cirurgia e desanimado com as novidades em filmes e séries, decidi no começo do ano que seria a oportunidade perfeita para finalmente terminar de ler a trilogia Millennium.

Assisti aos filmes suecos em 2009, depois vi o filme americano em 2011 e li o primeiro livro, Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, em 2012. Estava devendo a mim mesmo terminar de ler essa que com certeza é minha série de livros preferida.

Acabei deixando de lado por um hábito muito ruim que eu tenho, de achar que devo estar bem para ler livros importantes para mim, ou ver filmes assim, e por aí vai. Acontece que o ser humano é eternamente insatisfeito, então esses momentos nunca chegam.

Como são livros longos, não me comprometi a terminar de uma vez e ia lendo aos poucos, quando estava inspirado. Comecei em fevereiro e terminei os dois livros agora.

Outro lado bom é que a história dos dois livros é uma só. Tudo interligado e não há nem mesmo uma ruptura tão clara nas narrativas. Funcionou bem como esses finais de temporadas de séries com cliffgangers.

A história é excelente. Stieg Larsson criou um suspense muito inteligente e interessante. Não só isso, criou personagens assim também. Lisbeth Salander é uma pessoa que já considero pacas. Dá vontade de ser amigo do Michael, da Erica, enfim.

a rainha no castelo de arO último livro tem uma considerável barriga. É bem monótona a parte em que são contados os primórdios da agência policial corrupta e do passado de Zalachenko. Parei um tempo aí e acabei demorando uns meses pra me animar e voltar.

Agora, o final desse mesmo livro é genial. O trecho que selecionei é do julgamento de Lisbeth Salander, que já tinha me interessado demais. Era pelo que eu mais ansiava. Pena que o autor não dedicou tantas páginas assim ao tribunal.

Apenas os filmes suecos retrataram a história toda. O americano, embora seja melhor, não passou do primeiro filme e dificilmente passará, mesmo com a indicação ao Oscar da atriz Roney Mara pela Lisbeth Salander.

Por isso, já sabia do desfecho da história, que tem algumas diferenças entre livro e filme, mas nada muito relevante. O final no livro foi mais tenso ainda.

Estou com vontade de ver os filmes suecos novamente, para depois comentar por aqui, com as ideias mais frescas sobre essa história.

Preciso ressaltar a sensibilidade desse autor, que deu poder às mulheres de forma muito corajosa, seja nas tramas paralelas com Erica, seja nas figuras das policiais femininas, como na própria história do primeiro livro como um todo. É uma exaltação às mulheres fortes.

Agora, recentemente foi lançado o quarto livro da história, mas escrito por uma outra pessoa, já que infelizmente o autor Stieg Larsson faleceu antes mesmo de aproveitar o sucesso de sua complexa obra. Quanto a essa continuação autorizada, pesquisei sobre ela e notei críticas divididas. Obviamente que vou ler e tentar gostar.

Recomendo muito. Me sinto na verdade culpado de terminar de ler esses livros apenas em 2016, sendo tão fã. Mas a vida é a que a gente tem, não a que a gente quer.

FDL

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Masterchef Profissionais 2016

masterchef-profissionais

Como a Band explora o que dá certo até não sobrar nada, nesse final de ano tivemos uma nova edição de Masterchef, só que agora apenas com cozinheiros profissionais.

Nesse caso, eles vão cometer menos erros, vão se respeitar mais e vão elevar o nível das competições, certo? Nem vou começar...

A edição pegou fogo, não só na cozinha, mas nas redes sociais. O programa já começou com um tiro no pé com um participante chamado João desrespeitando uma ordem da jurada Paola Carosella em uma prova.

Isso foi só um início. A temporada toda foi um festival de pessoas com os egos mais inflados possíveis. Além disso, são bastante iludidos, achando que são heróis, guerreiros, maravilhosos. São cozinheiros, uma profissão como outra qualquer.

Para não ficar por aí, começou depois o festival de machismo. Um participante chamado Ivo teve a cara de pau (e burrice) de dizer nas entrevistas que trabalhar na cozinha com mulher “é complicado”, porque elas falam muito e são frágeis. Logo na semana seguinte, se juntou com seu puxa-saco preferido em uma prova e excluíram a participante Dayse. Quando ela reclamou, ele a mandou varrer o chão com a vassoura.

Aliás, isso não foi nem perto dos xingamentos proferidos contra a Dayse, que, por fim, foi vencedora. Todos a chamavam de fraca e sem técnica, embora não tenha ficado nenhuma vez entre os piores. Acho que ela só era mais discreta e insegura e isso é terrível em um lugar cheio de gente cheia de si.

A final foi de grande audiência. A pontuação foi dada ao vivo e quando a Dayse venceu, o outro finalista, Marcelo, sequer quis cumprimentar. Foi esse o nível de “chefs profissionais”.

Sobrou até para a coitada da Ana Paula Padrão, que discutia educadamente a eliminação do João (aquele primeiro, que desrespeitou a Paola) e ele a chamou de leiga. A jornalista confirmou ser leiga, mas devolveu dizendo que se o leigo não fica satisfeito com um prato, o chef não tem trabalho (turn down for what).

No final, para quem gosta de treta foi ótimo. Mas é lamentável ver que esse é o nível dos supostos profissionais da área.

Aliás, não sei se já comentei isso aqui, mas não custa repetir. De onde tiraram que está tudo bem gritar e ofender em uma cozinha? Educação é obrigação em qualquer lugar. Cozinha profissional não é o único ambiente tenso para se trabalhar e nem por isso vemos os outros profissionais agindo de forma histérica. Calma lá, menos.

Ontem ainda foi exibida uma “lavação de panelas”, em que todos os participantes foram reunidos para discutir as polêmicas da temporada. Foi terrível. O programa era gravado e talvez depois disso eles poderiam ver a atitude lamentável deles e pedir desculpas. Ao contrário, o festival de bobagens só aumentou.

Uma pena que o Masterchef Profissionais não tenha sido sobre comida.

A próxima edição normal, com amadores, já é agora no começo do ano. Vamos ver o que eles vão selecionar.

FDL

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

The X Factor: 13ª Temporada

Mesmo não achando a 12ª temporada do reality ruim, eu escrevi o seguinte no ano passado:

“Quanto ao talento, não foi muito diferente do que costuma acontecer. A vencedora foi Louisa Johnson, uma cantora de 17 anos com aparência de 30 e voz de 50, que irá muito provavelmente desaparecer depois do lançamento do primeiro e único single. Isso sempre acontece com esse tipo de vencedora.”

Dito e feito. Aconteceu exatamente isso.

xfactor2016

Fato é que a audiência caiu muito e Simon decidiu voltar às raízes nessa temporada. Chamou de volta jurados antigos e mandou todos os outros embora. Voltaram Louis Walsh, Nicole Sherzinger e Sharon Osbourne.

A química entre eles realmente estava boa e houve bem menos tretas e discussões na bancada. O programa foi genuinamente sobre os participantes. Mesmo quando um ou outro queriam aparecer demais, Simon cortava.

O vencedor foi Matt Terry, um jovem cantor de voz aguda e apelo feminino. Não dá pra esperar demais. Os vencedores do X Factor ou são como o desse ano ou são como a ganhadora do ano passado.

 

A vice foi Saara Alto, uma cantora na categoria dos mais velhos. Ela é finlandesa e sofreu muito com a rejeição do povo britânico no começo, mas soube se reinventar e fez umas performances malucas.

Vale ressaltar que foi a votação mais apertada da história.

 

Quanto aos outros participantes, nenhum marcou de verdade. Embora não tenha sido ruim, achei a temporada bem morna.

Claro que tivemos os já protocolares joke acts. Esse ano foi a rapper tiazona Honey G, que eu achava terrível de ruim, mas por algum motivo todos amavam. A coitada até foi atacada por uma invasão suspeita no palco ao vivo em um programa.

The X Factor continua renovado por vários anos e se me dá vontade continuo assistindo. Vamo que vamo, mas que anda cada vez mais esquecível, ah anda!

FDL

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Secrets and Lies: 2ª Temporada

secrets and liesDepois de uma excelente primeira temporada, a série voltou repaginada. Ainda são segredos e ainda são mentiras, mas é um novo crime, com novas pessoas, que também serão investigadas pela detetive Andrea Cornell (Juliette Lewis).

A temporada começa com a morte de Kate Warner (Jordana Brewster), que é jogada do terraço de um prédio onde acontecia uma festa milionária. A comemoração é da empresa do marido dela, Eric Warner (Michael Ealy), que será o novo presidente, substituindo seu pai, John Warner (Terry O'Quinn).

Todos são suspeitos do crime, porque a festa foi caótica. Cunhados, irmãos, assistentes e desconhecidos que não são tão desconhecidos assim.

Conforme Andrea começa a investigar o caso, se depara com uma família cheia de segredos, que fará tudo para se proteger. O problema é que os mistérios e traições entre eles mesmos farão isso tudo durar muito pouco.

A série preferiu seguir a mesma linha da temporada passada: o protagonista, Eric, foi suspeito da morte durante toda a temporada e a cada episódio um coadjuvante tinha uma história cabeluda desvendada, para que ele fosse riscado da lista de suspeitos, até que no 10º episódio a identidade do homicida fosse revelada.

Também como na primeira temporada, começou a ficar evidente quem era o assassino, tanto pela exclusão dos outros como pelo fato de ter sido o único sobre o qual não recaiu nenhuma suspeita até então.

Acontece que essa série foi boa não só pelo quem e pelo como matou, mas certamente pelo porquê. Esse fato fez os episódios finais serem muito bons.

Recomendo essa série, que teve audiência baixa agora na segunda temporada e dificilmente volta para mais uma história. Invejo quem agora vai poder ver em maratona, porque esses mistérios pingados por semana são uma tortura.

FDL

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O Bebê de Bridget Jones

bridget jonesFilme: O Bebê de Bridget Jones (Bridget Jone’s Baby)
Nota: 7,5
Elenco: Renée Zellweger, Colin Firth, Patrick Dempsey, Emma Thompson e uma participação especial do Ed Sheeran
Ano: 2016
Direção: Sharon Maguire

 

 

 

Eu já tinha visto os dos filmes anteriores e gostei deles, mas nunca fui um grande fã, de achar sensacional. Não li os livros, mas já ouvi muitos elogios também, das pessoas dizendo que a leitura é tão divertida quanto assistir, senão mais.

Confesso que tive vários receios quanto a esse filme. A crítica caiu matando. Ainda mais com essa fase pela qual a Renée Zellweger passa, depois de trocar de cara e virar uma outra pessoa. Nesse filme até que ela continua com a mesma carinha, mas em alguns momentos ela fica de fato desfigurada.

Eu ri bastante. É despretensioso e incrivelmente leve. É forçado e bastante previsível durante tudo que acontece. Mas quem disse que precisamos apenas de surpresas?

Ela é uma atriz que dá muito certo em comédia, sobretudo nessa personagem, pela qual a gente tem um grande carinho, porque ela é imperfeita.

Faltou o humor do Hugh Grant, mas quem sabe vem uma continuação com ele? Ficou no ar.

Depois de tanto tempo do outro filme, valeu a pena para matar a saudade de uma boa comédia.

Recomendo sim.

FDL

Não rolou em 2016

Já faz um tempo que não posto sobre as séries que eu tento mas acabo não gostando. Várias se passaram. Vamos falar sobre as mais recentes.

Convictionconviction-cast-poster-abc 

“Hayley Atwell interpreta Hayes Morrison, uma advogada que está prestes a aceitar um trabalho com seu inimigo sexy, o promotor de Nova York Wayne Wallis (Eddie Cahill), para evitar a pena de prisão por posse de cocaína e não prejudicar a campanha de sua mãe no Senado. Trabalhando com a equipe de Wayne na nova unidade Conviction, Hayes usa sua mente brilhante para resolver casos em que há suspeita de condenação injusta, e assim espera conseguir uma chance de mudar as coisas com a sua poderosa família envolvida com a política.”

Vi apenas o piloto e achei bem fraco. Muitas situações de clichê, situações forçadas e diálogos deprimentes.

Pilotos são complicados porque precisam apresentar tudo para nós e ainda deixar a vontade de vermos o segundo episódio. Em séries que serão do caso da semana é ainda pior, porque não só precisamos conhecer os personagens fixos como eles precisam estabelecer as regras do jogo a cada semana.

A série falhou grandão nisso, explorando muitas coisas ao mesmo tempo e tendo um caso no mínimo ridículo.

Nem sendo um drama de tribunal me segurou. Até pensei em ver mais episódios e baixei, mas quando vi que a audiência estava péssima e Conviction não vai durar, já era.

Não recomendo mesmo.

Westworld

westworld

“Westworld é um parque temático futurístico para adultos, dedicado à diversão dos ricos. Um espaço que reproduz o Velho Oeste, povoado por andróides – os anfitriões –, programados pelo diretor executivo do parque, o Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins), para acreditarem que são humanos e vivem no mundo real. Lá, os clientes – ou novatos – podem fazer o que quiserem, sem obedecer a regras ou leis. No entanto, quando uma atualização no sistema das máquinas dá errado, os seus comportamentos começam a sugerir uma nova ameaça, à medida que a consciência artificial dá origem à "evolução do pecado". Entre os residentes do parque, está Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood), programada para ser a típica garota da fazenda, que está prestes a descobrir que toda a sua existência não passa de bem arquitetada mentira.”

Era do JJ Abrahms. Nunca tive boas experiências com as obras dele em séries. Mas reconheço que ele faz excelentes pilotos.

Ele gosta de mistério, só não curte muito revela-los. Mas achei que agora na HBO e com um elenco grandioso como esse, eu poderia pelo menos me interessar.

Ledo engano. A série é bem viajada e mistura vários conceitos e caprichou bonito nos mistérios, que, vi hoje, não foram bem revelados. Ele não muda.

Não digo que não recomendo, só que definitivamente não é para mim.

Easy

Achei essa sinopse:

easy-poster-1“Diferentes residentes de Chicago vivem suas vidas peculiares na cena cultural-tecnológica-amorosa-sexual da cidade dos ventos.”

Não terminei o piloto. Não rolou. Primeira vez que a Netflix me decepciona.

Eu sei que comédias para serem respeitadas devem ser dramáticas e chatas, mas ao menos reconhecemos que algumas delas são interessantes. Falhei em perceber isso nessa.

O elenco discutia sexo de forma cansativa e eu ficava com a sensação de que já tinha visto aquilo em algum lugar.

Pior ainda, fui perdendo cada vez mais a vontade de saber o que aconteceria com aquela gente chata toda.

Apenas não foi dessa vez.

FDL