sexta-feira, 26 de junho de 2015

Season Finale: Veep – 4ª Temporada

VEEP-season-4

Dá gosto ver que a HBO produz também comédias de verdade. Dá gosto ver que essa série só melhora conforme passa o tempo.

A 4ª temporada de Veep foi a melhor de todas. Sem a menor sombra de dúvidas.

Os primeiros episódios mostram Selina assumindo, finalmente, o cargo de Presidente da República e se atrapalhando completamente, junto de seus assessores, com os pepinos que vão aparecendo.

Se antes as besteiras que a equipe dela fazia eram piada, agora ela tem o cargo mais importante do mundo e qualquer coisa vira um escândalo e uma enxurrada de críticas.

Não bastasse isso, ela enfrenta a missão de ser a primeira mulher Presidente e não ter sido eleita diretamente – bons motivos para o povo talvez não a levar a sério.

Durante a temporada toda e mais intensamente no final, Selina também continua a corrida eleitoral, que já tinha começado na temporada passada e terminou justo no último episódio da 4ª temporada.

Um grande reforço na série foi a chegada do ator Hugh Laurie, conhecido como o médico House. Ele fez o candidato a vice de Selina. Ela tem inveja dele, porque ele é mais carismático e preparado do que ela. Por outro lado, ela precisa dele para ganhar.

Destaco esse ano o trabalho da atriz Anna Chlumsky (detalhe: é a atriz que fez aquele clássico da Sessão da Tarde “Meu Primeiro Amor”). A personagem Amy é genial, cheia de detalhes e de uma comédia muito rica.

Os personagens Jonah Ryan (o atrapalhado iludido) e Sue (a eficiente e fria secretária) também enriquecem demais essa série.

Veep não comete o erro de muitas séries protagonizadas por atores muito famosos: investe pesado em bons personagens coadjuvantes. São vários os exemplos. Nem vou enumerar.

Posso destacar várias cenas dessa temporada, como o problema com o tp, a reunião de Selina com as amigas, a chegada da evasiva Karen (irritava, mas era demais!), enfim, Veep não era das minhas comédias preferidas, mas agora certamente é uma delas.

Até o ano que vem, com a renovação certa.

FDL

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Season Finale: Saturday Night Live – 40ª Temporada

SNL_season_40_title_card

SNL não passou por uma fase boa. Tanto que mesmo assistindo, eu acabei nem fazendo posts sobre as temporadas 38 e 39. Houve uma modificação do elenco, saindo grandes nomes como Fred Armisen, Kristen Wiig, Andy Samberg, Bill Hader e Seth Meyers, entre outros.

Demora um pouco até tudo se engrenar e nesses últimos tempos a chegada de Kate McKinnon, Cecily Strong e Aidy Bryant e deu uma melhorada na série, que reforçou as piadas feministas, que já tinham começado com Tina Fey e Amy Poehler e agora estavam vazias.

A Temporada 40 foi excelente. Começamos com a contratação de dois comediantes que eu gostei muito: Pete Davidson, um jovem humorista que aparentemente não tem talento nenhum, porque não imita ninguém nem faz personagens, mas é bem engraçado e tem o humor no sangue. Além dele, teve a excelente Leslie Jones, que faz o estilo “negona com raiva”.

As participações também foram ótimas. Logo no começo da temporada tivemos Sarah Silverman apresentando um episódio muito bom. Tudo que ela faz é engraçado.

Destaco os seguintes episódios: Jim Carrey, Cameron Diaz, James Franco, J.K. Simmons, Scarlett Johansson e Louis C.K. (o monólogo de abertura dele foi de gargalhar, muito bom).

Durante a temporada houve também um especial homenageando os 40 anos do programa, que reuniu em horas de show quase todo mundo que já passou por lá. Nem faço lista de nomes porque é interminável. Foi um episódio excelente e muito engraçado.

Claro que nem tudo é perfeição. A participação da atriz Taraji P. Henson foi péssima. Ela faz aquela série Empire, que foi elogiada. Não gosto dessa atriz, acho forçada e exagerada. Foi uma das poucas personagens de Boston Legal que eu não curtia. No episódio ela só gritava e fazia caretas, péssimo.

Tem um quadro recorrente que quando passa eu acelero, porque é idiota e sem graça, o do ator Beck Bennett fazendo o Baby Boss. Aquilo é terrível.

Por fim destaco o quadro da versão que eles fizeram de Bambi, mas no estilo de Velozes e Furiosos.

Até o ano que vem.

FDL

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Magia ao Luar

magic moonlightFilme: Magia ao Luar (Magic in the Moonlight)
Nota: 9
Elenco: Colin Firth, Emma Stone, Marcia Gay Harden
Ano: 2014
Direção: Woody Allen

 

 

 

 

 

A obra que Woody Allen lançou em 2014 foi para o lado do romance dessa vez. Se o estilo niilista aparentemente nos faz presumir não ser possível haver amor, essa obra indica uma direção contrária.

Nesse filme Colin Firth e Emma Stone se envolvem num jogo sobre crer ou não no metafísico, na ideia de haver ou não pessoas sensitivas, místicas, seja o nome que for.

Claro que nesse embate há enganação, romance e um final fofo.

Os diálogos do filme e a própria ironia e humor sutil fazem tudo ficar interessante e excelente.

Foi um filme criticado do diretor, não fez esse sucesso todo, mas eu gostei muito, porque nem sempre Woody segue a mesma linha, ousando em alguns aspectos, sem perder sua marca.

Até o próximo.

FDL

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Gritos do Passado – Camilla Läckberg

gritos do passado

‘“Eu invejava Johannes. Ele acreditava mesmo nas mentiras de meu pai de que podíamos curar gente. Imagine que poder aquela fé lhe dava. Olhar para suas mãos e saber que eram os instrumentos de Deus. Ver as pessoas ficarem em pé e andarem, ver os cegos enxergarem e saber que você era quem tornava isso possível. Eu via só o espetáculo. Via meu pai de pé nas laterais, guiando e dirigindo, e eu detestava cada minuto. Johannes só via os doentes diante de si. Ele via apenas seu canal direto com Deus. A tristeza que deve ter sentido quando ele se fechou… Não lhe ofereci nenhum consolo. Em vez disso, eu estava eufórico. Finalmente poderíamos ser garotos normais, Johannes e eu. Finalmente podíamos ser iguais. Mas isso nunca aconteceu. Johannes continuava a enfeitiçar as pessoas, enquanto eu, eu…” Sua voz falhou.’

Camilla Läckberg

Comecei a ler esse livro no ano passado, logo depois que li A Princesa do Gelo. Só que parei no meio por vários motivos e só tive cabeça e tempo para voltar agora. Fiz muito bem em voltar. Aquele entusiasmo que senti pela escrita de Camilla Läckberg permanece.

Esse livro é pior que o primeiro, mas certamente ainda é excelente. Falo isso porque meu personagem preferido é Ericka Falck, que esteve alheia ao mistério principal por conta de sua gravidez. Fora isso, seu drama com a irmã eu acho chato.

O livro conta a história de uma imigrante desaparecida na cidade de Fjällbacka, que quando tem seu corpo encontrado, está junto dos restos mortais de duas mulheres, que haviam desparecido muitos anos antes.

Todo esse mistério envolve uma família rica cheia de mágoas, mistérios e segredos. A relação dessa família com o crime cabe ser descoberta por Patrik Hedström, que lidera a investigação e sofre pessoalmente com o peso de ter essa responsabilidade e ainda sente culpa por deixar Erica grávida em casa para se dedicar ao caso.

O excesso de personagens avulsos incomoda um pouco, também o excesso de passagens inúteis na barriga do livro. Mas fora isso, o final mais uma vez me surpreendeu e demonstrou a habilidade que essa escritora tem em criar histórias interessantes e mistérios desvendáveis e complicados.

O próximo livro dela devo ler em breve. É mais uma autora que faz parte da minha lista com certeza.

FDL

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Season Finale: The Comeback – 2ª Temporada

the comeback

Existem algumas coincidências que são complicadas de explicar. Outras são um alívio em tempos de séries e filmes tão fracos nos EUA.

The Comeback foi exibida em 2005, um dos primeiros trabalhos dos artistas de Friends após a o final. Foi uma das séries que gerou a comentada “maldição de Friends”, já que ninguém do elenco emplacou nenhum sucesso depois disso.

O problema é que essa série fez parte do começo da era de seriados da HBO e o público não conhecia muito bem, não compreendeu. Eu acabei assistindo em 2008 só e realmente achei que a série era boa e merecia ter mais crédito.

Acontece que o povo lá finalmente entendeu que The Comeback estava à frente de seu tempo e resolveu dar uma nova temporada ao seriado, 10 anos depois. Justiça tardia, mas justiça.

The Comeback em 2005 trazia Lisa Kudrow interpretando Valerie Cherish, uma atriz que tinha feito sucesso anos antes com uma comédia e depois de muito tempo esquecida, resolveu voltar à mídia, estrelando uma nova comédia.

O problema é que Valerie é narcisista e não enxerga ninguém à sua volta. Com o seu retorno, faz um reality show, chamado The Comeback, que registra sua vida no retorno como atriz e os bastidores de sua série nova.

Aí que tá a graça da série.

Todas as imagens da série são do suposto reality show, dando realidade ao que se passa com ela, como se fossem as filmagens não editadas. Assim, nós a vemos forçando situações, criando uma imagem, sendo invejosa, mentirosa, manipuladora e não compreendendo que o tempo passou, que ela não é mais uma estrela.

O final da primeira temporada em 2005 é a estreia do reality, que a mostrou como era de verdade, gerando um escândalo que destruiu sua imagem.

Agora, em 2015, descobrimos que Valerie passou esses 10 anos ainda com seu cabelereiro pessoal a seguindo, mas agora com um “agente” que vive tentando papéis e entrevistas pra ela, mas sem ter sucesso.

A temporada atual ocorre com um novo emprego para ela. Na primeira temporada ela fez uma grande inimizade com o diretor de sua série, que se incomodava com ela, com suas câmeras e sua falta de noção.

O tempo passou e o diretor diz que se viciou em drogas por causa dela e se curou, criando uma série sobre o tempo que conviveram, demonizando Valerie e acabando com sua imagem.

Em mais um momento genial, quando Valerie vai à HBO tirar satisfações, o diretor acaba oferecendo para ela o emprego, para interpretar a si mesma. Aproveitando a oportunidade, Valerie, passa a dizer que é só ficção e volta à televisão interpretando a si mesma.

Claro que Valerie faz um novo reality sobre sua volta, só que dessa vez o pretexto é que será um documentário.

O ponto alto dessa temporada foi o fato de que ela foi mais humanizada ainda. Se antes fora explorado o lado mesquinho e falso dela, agora o lado generoso foi mostrado.

Sem me importar com spoilers, o papel dela faz um grande sucesso e ela acaba ganhando um Emmy. O diretor a convidou para ridicularizá-la, mas a crítica achou o papel corajoso e intenso.

Só que toda a gravação e essa exposição prejudicaram seu casamento e ela precisa escolher entre a família e o glamour.

Lisa Kudrow esteve ótima novamente. Ela consegue ter a façanha de estar no ar ao mesmo tempo na Showtime e na HBO, com Web Therapy e The Comeback. Sempre à frente de seu tempo, porque se hoje em dia o streaming é moda, há 06 anos ela começou Web Therapy pela internet.

O humor dessa série é sutil, é inteligente e muito crítico. Essa série é genial. Para honrar a tradição, assisti por streaming também.

Há rumores de que uma nova temporada virá. Espero muito que isso aconteça.

FDL

terça-feira, 2 de junho de 2015

Season Finale: The Big Bang Theory – 8ª Temporada

tbbt s8

Continuo não exigindo muito dessa série, até porque, não tem motivos pra isso. É uma comédia despretensiosa.

O problema é que o desgaste chega para todas e essa temporada foi muito fraca, com episódios sem uma piada que realmente tivesse graça.

O foco foi na nova fase do relacionamento de Penny e Leonard, já que agora ela tem um bom emprego (até cortou o cabelo curtinho).

Por outro lado, a morte da atriz que fazia a voz da mãe do Howard fez com que a personagem morresse também na série. Com isso tivemos um dos episódios mais tristes de séries que eu já vi.

Sheldon continuou do mesmo jeito e a repetição me incomodou um pouco. Aquela cena do final da série é pura enrolação, como sempre acontece.

Eu não me incomodava com a falta de avanço na história porque a série continuava engraçada. Porém...

Até setembro, com a 9ª temporada.

FDL

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Season Finale: The Good Wife – 6ª Temporada

the-good-wife-season-6

Pela primeira vez a série que eu já considero a melhor por vários anos foi superada. É a número dois, mas ainda assim é um excelente drama, que mesmo no sexto ano consegue me deixar ansioso pelo próximo episódio toda vez.

A atual temporada foi movimentada por Alicia no seu novo escritório, que nada mais é senão o mesmo de antes, com ela sócia, após várias idas e vindas. Além disso, boa parte dos episódios mostrou a própria protagonista concorrendo a eleições, no caso, ao cargo de district attorney.

Foi interessante esse aspecto, porque ela sempre se mostrou superior a todas as tramoias que Peter e Eli faziam para garantir boa imagem, mas em vários momentos foi obrigada a ceder.

Alicia concorrendo às eleições foi o ponto alto da temporada, sobretudo nos diálogos com Frank Prady. Destaco o momento em que ela o convidou para trabalhar na sua gestão após a vitória.

Além disso, o núcleo Kalinda, Cary e Lemond Bishop teve episódios intensos, mas telegrafando desde o início que o arco culminaria com a saída da carismática investigadora da série. Houve prisões, chantagens, mentiras, perseguições e ao final, uma saída em grande estilo.

O saldo foi negativo, porque Kalinda era importante para a série e a atriz Archie Panjabi tem um perfil de atuação diferente do que se encontra na televisão no momento. Vai fazer muita falta.

Os episódios finais, com a renúncia de Alicia, sua impossibilidade de volta ao escritório e a possível candidatura de Peter à presidência foram um pouco corridos e atribulados. Mesmo assim, o gancho final foi excelente, porque trouxe de volta o personagem do Michael J Fox, Louis Canning, que andava sumido e pode fazer da próxima temporada a melhor de todas as mais recentes.

The Good Wife teve consideráveis quedas na audiência, mas o sucesso de crítica fez com que a série fosse renovada para a sétima temporada. Muitos dizem que há um sinal de final, mas eu ainda acho que deveria ficar no ar por muito tempo, porque a linguagem, as atuações, os diálogos (sou fã das gritarias entre advogados no meio das reuniões de escritório ou argumentando com os juízes) fazem essa série ser imperdível e única.

Até o próximo ano.

FDL