sexta-feira, 29 de junho de 2012

Acima de Qualquer Suspeita

Acima de qualquer suspeita

“... Se você não tem coragem de apontar, sussurrou John White, não pode esperar que eles tenham coragem de condenar.

Por essa razão eu aponto. Estendo a mão ao longo do tribunal. Estico um dedo. Procuro os olhos do réu. E digo:

‘Este homem foi acusado.’”

Scott Turow, em Acima de Qualquer Suspeita.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nunca escondi que sempre fui fã do John Grisham, com seus suspenses de tribunal. Por conta da vasta obra dele nunca tinha me interessado por outros autores do mesmo gênero. Era um erro.

Estava bisbilhotando outro dia em uma livraria e vi a capa do Acima de Qualquer Suspeita e acabei me interessando pela sinopse, pelos comentários, por saber que foi inspiração para um filme famoso, pela arte da capa, enfim, o livro chamou a minha atenção.

Comprei e a obra entrou na fila que não para de aumentar proporcionalmente contrária ao meu dinheiro disponível. O filme ficou no HD esperando o momento certo também.

Em meio a provas e estudos acabei lendo esse livro muito rápido, uns 15 dias no máximo. É um dos melhores livros que eu já li na vida sem a menor sombra de dúvidas.

Acima de Qualquer Suspeita trata da história de Rusty Sabich ,narrada em primeira pessoa. Trata-se de um promotor de justiça que é responsável por investigar a morte de uma colega sua de promotoria, com quem já teve um caso extraconjugal e escondeu de todos. Quando descoberto, Rusty tem sua reputação questionada e em meio a tramoias é acusado pelo assassinato, ocorrendo um emocionante julgamento.

Esse livro tem várias nuances muito interessantes. A primeira delas é só sabermos no final se Rusty realmente a matou o não. Além disso, rompe completamente com o maniqueísmo, que é um fruto tentador nos tribunais. Estamos lidando com seres humanos, profissionais do direito, que podem pensar diferente e ter suas escorregadas na ética.

Todos os personagens são riquíssimos e fogem dos estereótipos, por mais que caiamos na armadilha de pensar no começo de que será um cliché. Não é.

A arte da capa é ainda mais interessante do que parece, porque revela a sensação de Rusty ao ter apontado para ele o dedo acusatório, quando passou a vida apontando aos outros.

Posso correr o risco de ser um herege, mas a narrativa do Scott Turow é mais rica, ele é mais articulado nas descrições das pessoas. Além disso, o livro tem um forte aspecto sexual, tratado de forma explícita, sem eufemismos, mas sem ser obsceno também.

Os livros do Scott Turow são anteriores aos do Grisham, sendo um tipo de precursor nesse modelo de suspenses de tribunal que são moda hoje em dia. Também vende muito no mundo todo. Acima de qualquer suspeita foi escrito em 1989.

Claro que esse livro foi o gatilho dos meus impulsos doentios e eu já comprei a obra do Scott Turow quase completa, tendo tempo sabe deus quando para ler tudo.

Vamos ao filme:

 

acimadeqqrsuspeita-filmeFilme: Acima de Qualquer Suspeita ( Presumed Innocent )
Nota: 9
Elenco: Harrison Ford, Raul Julia, Bradley Whitford são os atores que eu conheço.
Direção: Alan J. Pakula (já falecido, mas dirigiu O Dossiê Pelicano, outra impecável do John Grisham)
Ano: 1990

 

 

 

 

A primeira coisa é não confundir com um filme homônimo que tem o Michael Douglas, que não chega a ser horrível, mas não é bom. Já vi esse filme, em 2009, mas por algum motivo não escrevi sobre ele aqui. A culpa é da tradução, porque o filme recente originalmente se chama Beyond a Reasonable Doubt, aquele brocardo famoso dos tribunais americanos.

Presumed Innocent é um ótimo filme. Não sou fã do Harrison Ford, mas ele acabou dando um bom tom na interpretação de Rusty.

Conforme eu ia lendo o livro ficava imaginando quem eram os atores que tinham interpretado no filme. Conheço muito poucos, mas a mais agradável surpresa foi saber que o enigmático e interessante advogado Sandy foi feito pelo saudoso Raul Julia, impecável como sempre.

Cabe ressaltar o que já se sabe. Há mudanças leves no roteiro, mas como adaptação não tem como fugir disso, sobretudo no desfecho. Claro que nós ficamos frustrados, sobretudo com a pressa que algumas coisas acabam acontecendo. Mas é natural, já que eu seria o primeiro a reclamar de um filme de 5 horas.

Ler um livro e assistir a um filme sobre um crime intrigante, sobre as tramoias do Ministério Público e sobre o indivíduo além do advogado é uma oportunidade única.

Para mim já virou clássico. Recomendo muito.

FDL

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Season Finale: Veep – 1ª Temporada

veep-poster-ddb40Não sou grande fã da HBO, nunca escondi isso. Por mais que seja louvável procurar por qualidade, ainda estamos procurando por entretenimento. A linha acaba sendo tênue. Há clássicos de comédias como The Comeback e Entourage e de dramas como In Treatment, mas há muita chatice, como True Blood, Hung e Bored to Death.

Quando vi que a Julia Louis-Dreyfus faria uma comédia na HBO e ainda ligada a política pensei que por um lado seria bom, afinal, mais Globos de Ouro e Emmys, para ela. Por outro lado, provavelmente seria o ponto final e eu não a assistiria mais.

Mesmo assim, a Old Christine merecia uma chance.

No final, Veep foi uma agradável surpresa. Não que seja a minha série preferida, porque não é, mas tem um ar diferente e um humor que faz o meu gosto, sendo crítico e ao mesmo tempo engraçado.

Não é série de gargalhadas, mas da sutil arte de sorrir das ironias com o canto da boca. Não é para qualquer público e, por isso, só na HBO mesmo para ter espaço.

Na série ela interpreta a vice-presidente Selina, que claramente não é preparada pelo cargo e luta para deixar sua marca como política, enquanto reza para que o presidente, que anda nas últimas, morra de uma vez.

É um retrato bem cruel com o cargo que ela ocupa, considerado completamente inútil, a ponto de passar o dia inteiro conspirando ou tentando manipular sua imagem.

Essa manipulação de imagem que é o ponto forte da série. Enquanto Selina tenta desesperadamente, com a ajuda de seus assistentes mais atrapalhados ainda, criar uma imagem favorável de si mesma, mais as merdas acontecem e ela acaba ficando pior do que antes.

Não duvido que Julia receba uma nova indicação, porque está excelente no papel.

A série foi renovada, como é comum a HBO fazer. A temporada é curta, para não enjoarmos da enrolação, como a HBO também costuma fazer.

No ano que vem continuarei acompanhando, porque a série conseguiu me ganhar, mas ainda não sou um grande fã.

Recomendo.

FDL

domingo, 24 de junho de 2012

Poirot

poirotDescobri hoje que nunca tinha feito um post sobre Poirot. Todas as vezes que terminei uma temporada estava sem escrever. Então faremos um post mais completo agora.

Hercule Poirot é o detetive principal da escritora Agatha Christie e esteve em dezenas de livros dela. Trata-se de um atarracado belga com bigode virado para cima e que resolve crimes com o uso da psicologia, ou as celulazinhas cinzentas, como ele diz.

Já li vários livros com ele e ainda não estou pronto para ler Cai o Pano, o derradeiro, quando ele morre.

Mas o post é sobre a série que a ITV faz.

Está no ar desde 1989 e tem o ambicioso plano de exibir episódios que são filmes para a tv de todos as histórias do detetive.

O ator que o interpreta é David Suchet e é impressionante o trabalho que faz. Tanto no figurino, como maquiagem, como jeito de falar e expressão corporal. Não distante disso fica a atuação, que passa muita verdade sobre a natureza humana.

As temporadas são irregulares e eu comecei a assistir mais ou menos em 2006. Há temporadas que duraram 2 anos, outras com apenas 2 episódios e outras com mais. Deste modo, em 2010 foi exibida a 12ª temporada.

Agora nas últimas semanas eu vi uns 10 episódios que faltavam, correspondentes a umas 4 temporadas. São difíceis de encontrar, porque não são muito populares.

Vi também que a emissora já anunciou a última temporada para 2013, com os 5 livros ainda não adaptados, incluindo Cai o Pano.

Agora só nos resta aguardar com uma pontinha de saudade desde já.

FDL

sábado, 23 de junho de 2012

A Firma

The-FirmDessa vez temos post de combo completo: livro, filme e série.

O papo começou no upfront de séries do ano passado. A emissora americana NBC anunciou a série The Firm, baseada no famoso livro do John Grisham. O filme é de 1993, dirigido pelo Sidney Pollack – já tinha visto há uns 8 anos.

A oportunidade deu ensejo a ler o livro, rever o filme e acompanhar a nova série.

Nem tudo são flores e vamos por partes.

John Grisham – A Firma

firma-livroMuito embora seja um dos livros mais famosos do autor, eu nunca tinha lido por um motivo – a história não é das minhas preferidas, porque acho meio sem graça esse papo de máfia. Daí se explica o meu contrassenso com a opinião comum, que adora esse tipo de história.

O livro trata de Mitch Mcdeere, um advogado recém-formado entre os melhores da sua turma em Harvard, com muitas ofertas de emprego. No entanto, acaba recebendo uma proposta boa demais para ser verdade, em um escritório tributário não muito famoso, mas muito rico.

Conforme o enredo se desenvolve, Mitch vai ficando rico, mas à proporção de perder sua vida para a firma, que é envolvida em negócios escusos com a máfia. Além disso, é um caminho sem volta – todos que tentaram sair morreram.

A narrativa conta, assim, como o jovem advogado enfrenta esse mundo.

O livro é longo e em alguns pontos enrolado. Definitivamente não é o melhor, mas ainda é um Grisham e, por isso, você lê em poucos dias. O fato é que fica complicado comparar com outros clássicos do autor.

 

firma-filmeFilme: A Firma (The Firm)
Nota: 9
Elenco: Tom Cruise, Jeanne Tripplehorn, Gene Hackman, Ed Harris e Holly Hunter
Ano: 1991
Direção: Sydney Pollack

 

 

 

 

 

Deixou o Copolla no chinelo. Disso isso porque não fiquei tão impressionado com a adaptação cinematográfica de O Homem que Fazia Chover.

O diretor foi relativamente fiel ao livro, fazendo mudanças que entendo terem sido necessárias, sobretudo no final.

O Tom Cruise continua um apático atuando, mas até que coube bem para o papel do Mitch, que não era um senhor da personalidade forte.

A Holly Hunter que me surpreendeu. Muito bem no papel da atrapalhada Tammy. Gene Hackman dispensa comentários.

Segue os passos do livro – não é impressionante, mas é um Pollack, ainda um Grisham também. Recomendado e obrigatório.

Series Finale: The Firm – 1ª Temporada

firma-serie

Aí o negócio complicou.

Nem preciso dizer que na série da NBC o elenco era outro. A história era uma continuação, passados vários anos do final do livro + filme.

Na série Mitch volta à advocacia, com a ajuda da esposa, de seu irmão e de Tammy. Mas se enrola novamente com a máfia, pois ela tem herdeiros. Além disso, se envolve com um escritório estranho.

O piloto tem 2 horas e se arrasta. Há uma história contada do final para o começo, com um caso que indica o fato de que trataremos de histórias da semana.

Só se salvou nesse piloto a Juliette Lewis, que é muito boa atriz. O Josh Lucas conseguiu ser mais sem sal do que o Tom Cruise.

Não deu para acompanhar a série. Com esse piloto que eu detestei, soube que a audiência foi baixíssima e mesmo com temporada completa, a série foi cancelada. Não valia a pena insistir.

Muitas séries tentam aproveitar filmes de sucesso, mas a proposta é outra e fica complicado sustentar semana a semana a genialidade. The Firm foi mais um exemplo desse tipo de fracasso, que não é inédito.

Quem sabe um dia teremos uma boa série inspirada em obra do Grisham? Boas histórias é o que não falta.

Ao menos serviu se ensejo para ler o livro e rever o filme.

Mas a série certamente eu não recomendo.

FDL

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Alcatraz e The Finder

Alcatraz-Poster-02

Alcatraz acabou sendo uma típica série do JJ e eu, burro, insisti em dar uma chance. Agora escrevo com categoria: nunca mais.

As ideias são boas, mas não passam disso. A gente fica com a expectativa assistindo uma série que parece ter sido planejada para ficar no ar por 10 anos. Nada acontece. Sem contar que o suspense é igual em Lost, no esquema do dragão de três cabeças do Hércules: você corta uma e aparecem mais três.

Logo nos primeiros episódios a gente saca que Alcatraz vai se perder nas cabeças, os mistérios.

O elenco não estava com um bom entrosamento, exceto pelo Hurley, que sempre vai fazer bem o papel de coadjuvante gente boa – muito embora isso não deva ser diferente da personalidade do próprio ator.

Talvez o tema envolvendo prisão tenha me feito assistir, mas já foi com um pé atrás, ainda mais com a história de viagem no tempo, coisa que eu detesto.

Acabei assistindo a 8 episódios e não quis ver o final, nem li spoilers. A série foi cancelada, chamada carinhosamente pelo público de Alcalost, sem ter final ou explicações satisfatórias. Perder tempo para ver o resto da temporada seria inútil.

Nem só de boas sinopses ou promos interessantes a gente vive... Fica a lição.

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Já The Finder foi uma decepção maior, porque eu esperava daí uma série boa, ou, pelo menos, uma boa opção de diversão.

A série surgiu como spin off de Bones. O carinha participou de um episódio da ossilda e a sua história foi testada. O público recebeu bem e a série saiu do papel.

O primeiro aspecto negativo foi que a série exibida acabou sendo muito diferente daquele piloto exibido em Bones. Que seria mais um procedural todos já sabiam, mas que teria uma história de fundo tão fraca e desinteressante eu confesso que não fazia ideia.

Acabei vendo uns 4 episódios. Não fiquei sozinho nessa, porque o público americano acabou não ligando para a série, que teve audiência mediana e foi cancelada. Mais um despropósito continuar a ver, já que eu não me apeguei e não houve nenhuma perspectiva de melhora nessa série.

Sendo bem sincero acabou me dando raiva em um episódio que o carinha descobria um tiro dado há vários anos em um outdoor num local completamente modificado. Exagerou, não?

Foi legal ter uma participação especial do Sweets, de Bones, mas no final o tiro saiu pela culatra porque assim nós percebemos como o elenco de apoio de The Finder era fraco quando perto dele.

Spin offs não andam em alta. Na temporada passada a série sem graça mais do mesmo foi o spin off de Criminal Minds. Agora essa.

Acontece, tentaram e não colou.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Season Finale: American Idol–11ª Temporada

americanidol-season11

Deixo para comentar a última finale da temporada 2011/2012 que eu assisti. Há outras atrasadas ainda, mas não sei se vou ver. O ciclo acaba aqui.

American Idol está muito longe do que já foi. Desde o ano passado eu fico pensando se paro ou não, mas alguma coisa ainda me mantem assistindo.

Claro que se trata do Steven Tyler, cujo carisma deve ser o único responsável por não mandar o programa pro buraco, já que até perder na audiência já aconteceu nesse ano.

Os talentos vão de mal a pior. Não que o campeão, Philip Philips, seja ruim, porque ele é talentoso, mas não tem nada de novo, que chame a atenção. Aliás, tem estilo parecido com vencedores anteriores, tipo Lee Dewise e Kris Allen.

Ainda destaco outros participantes que gostei nesse ano: Elise Testone – aquela que tinha cara de cu e voz rouca, muito boa; Erika - a gordinha simpática que parece com a lésbica de Rules of Engagement, que foi muito injustamente eliminada no começo da competição. O Heejun era engraçado, mas não cantava nada e a Skylar era simpática e talentosa, mas não suporto as músicas que ela cantava, porque pareciam ser sempre a mesma.

Houve muitos entojados nessa temporada, começando pelo Edson Cordeiro teen americano, Deandre (até o nome irrita), com a Jennifer Lopez pulando da cadeira pra ele, igual fez no ano passado com aquele Stefano. Não pouco irritante foi o evangélico da temporada, berrando e se achando o melhor cantor do mundo, só porque é da igreja.

E o Jimmy Iovine? Só falava mal dos participantes naquele texto ensaiado, se contradizendo semana a semana, além de estar com aquela cara de Cazuza na capa da Veja.

Até as músicas mostram um programa preguiçoso num formato consagrado, mas sem inspiração. O repertório inteiro da Whitney Houston foi explorado, com as sagradas passagens por Queen, Michael Jackson e agora também com Lady Gaga e Adele.

Diante disso tudo, acabei enrolando pra ver a final, porque é sempre a mesma coisa, com Aerosmith cantando Walk This Way pela milionésima vez. Sinceramente não sei se continuo a ver no ano que vem, porque já está mais que comprovado que no quesito reality show musical o X Factor já desbancou o American Idol há muito tempo.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Desaparecidos

desaparecidosFilme: Desaparecidos
Nota: 5
Elenco: novatos apenas
Ano: 2011
Direção: David Schurmann

 

 

 

 

 

Prontos? Esse é tenso.

Trata-se de um filme de terror brasileiro que conta a história de um grupo de playboys paulistas que vão à Ilha Bela em uma festa, mas se perdem na mata fechada e acabam sendo devorados por algum ser misterioso.

Houve alguma divulgação na internet dizendo que era o primeiro filme de terror brasileiro. Isso é uma grande mentira, já que o Zé do Caixão deixou sua história. O que é inédito é o fato de que é a primeira imitação brasileira nesse estilo, acho que já fechamos o ciclo e somos completamente paga-paus.

O estilo do filme é em câmeras amadoras, penduradas no pescoço de cada um dos personagens, que supostamente as usariam nas festas - que dá um aspecto do Bruxa de Blair ou alguma outra coisa parecida.

Eu assisti por curiosidade e diante de todas as minhas expectativas, superou o que eu achava. Não que seja bom, porque está longe disso diante da falta de originalidade e preparo, mas quem sabe abre espaço para uma nova faceta do nosso cinema, que é tão específico no que faz?

O elenco me surpreendeu. São bons atores, porque são jovens que falam a nossa linguagem, não aquele papo de “Malhação” com “colé que é a tua, garoto” e “clima de azaração tirando onda”. Na verdade, eles falam palavrões e me passaram um retrato próximo do comportamento dos jovens paulistas.

Só é de lamentar o investimento em uma imitação, porque falta inspiração. Mas confesso que pode ser um passo para o cinema nacional começar a produzir filmes com outros estilos.

Não recomendo, mas também não condeno.

FDL

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Projeto X – Uma Festa Fora de Controle

projectxFilme: Projeto X – Uma Festa Fora de Controle (Project X)
Nota: 6
Elenco: desconhecidos que provavelmente a MTV fará ficarem famosos
Ano: 2012
Direção: Nima Nourizadeh

 

 

 

 

O filme segue a linha punheteiros virgens doidos pra meter que Superbad já trouxe, com o diferencial de ir além nos absurdos.

A sinopse é simples: os pais do carinha vão viajar e ele fica sozinho com a mansão e o Mercedez, mas como quer perder a virgindade, organiza uma festa que, graças ao seu melhor amigo, acaba tomando proporções inesperadas.

Não é uma imitação dos outros, porque é bem diferente, mais ousado tenso. No entanto, continua sendo descartável.

Depois que assisti eu resolvi procurar algo sobre ele e descobri que tem uma inspiração em um caso ocorrido na Australia, onde o jovem fez a festa na casa dos pais e publicou o anúncio no Craig’s List.

Acabei me deparando também com uma dura crítica que o Rubens Ewald Filho fez, dizendo que é um filme do mal, porque semeia costumes ruins e temerários. Acho um grande exagero, afinal, é uma obra de ficção.

A preocupação do crítico se dá por conta de uma imitação ocorrida recentemente na vida real, só que com fim trágico, já que uma pessoa morreu. A vida inteira teremos jovens burros fazendo estupidez, o que não é desculpa para limitar ou ofender a arte.

O que concordo é com a falta de verossimilhança, já que nunca ocorreria uma festa assim, por vários motivos do mundo que os criadores ignoraram. Aliás, o filme é muito mais sobre os criadores, que passam a impressão de serem uns jovens punheteiros frustrados com uma visão bem distorcida sobre festas, trazendo para a história aquela que eles gostariam de ter feito e não fizeram.

A gente fica com a impressão de realidade por conta do já bem batido recurso de filmagem em câmera amadora. Mas devemos ser justos porque a nossa atenção fica presa e é daqueles filmes que dão agonia na gente do começo ao fim.

Ressalto também os personagens com os quais eu passei mal de rir: os moleques que fizeram a segurança. Foi uma ótima sacada.

É melhor esquecer esse papo de politicamente correto de condenar valores e essa bobagem toda. Trata-se de uma obra de ficção e pronto, não precisa ser levada tão a sério.

Mesmo assim não é tão bom não. Precisa ser bobo que nem eu pra aguentar ver até o final.

FDL

Season Finale: Hot In Cleveland – 3ª Temporada

hotinclevelands3A temporada foi longa, com mais de 20 episódios, mostrando um pouco de cansaço. Alguns episódios perderam a graça por apelar novamente a um humor já feito. Não pode ter medo ou receio de inovar.

O elenco continua ótimo e a química entre as atrizes com certeza é o ponto forte da série. Vi num site outro dia um comentário com o qual concordo muito. Algo como desejar que a Betty White viva por mais 200 anos, para poder continuar rindo com ela.

Realmente, a Betty White é um exemplo sobre como todos nós gostaríamos de envelhecer: inteligentes, ativos e adorados por todos.

Espero que na próxima temporada eles pensem em algo para agitar a história.

No final teve um episódio muito bom com participação do David Spade. As participações da Jennifer Love Hewitt e do Joe Jonas também foram ótimas.

Mesmo decaindo um pouco, continua sendo uma das melhores comédias do momento.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Season Finale: Don’t Trust The B---- In Apartment 23

apartment23

Raramente acontece, mas uma série da ABC nesse ano foi exibida somente no final da temporada, com 7 episódios, e sobreviveu.

Quando saiu o upfront do ano passado a série me chamou a atenção pela proposta e pelo título chamativo. Mas quando soube que só estrearia em abril desse ano já desanimei, porque sei o que costuma acontecer com essas séries: nascem mortas e só servem para tapar buracos.

Acontece que o inesperado ocorreu: teve uma audiência boa e o público, no geral, aceitou.

Apartment 23 conta a história de June, que acaba de se mudar para NY para um novo emprego dos sonhos após se formar e ficar noiva. No final, dá tudo errado – perde o emprego e pega o noivo comendo sua colega de quarto em cima de seu bolo de aniversário.

June entende que para sobreviver nessa selva precisa mudar, ser menos ingênua, e sua colega Chloe, a bitch, parece ser a pessoa certa para lhe ensinar, já que reúne todas as características possíveis do politicamente incorreto: é egoísta, egocêntrica, cachaceira, fútil, mentirosa, manipuladora, sedutora, promíscua e trambiqueira – o sonho de quem qualquer nova-iorquina gostaria de ser (pelo menos na visão da série).

Já gostava da atriz que interpretou a Chloe. Ela foi a protagonista da série Gravity, que pouca gente viu, mas certamente não esquecerei. A June participou de alguns episódios de The Good Wife, como a namorada traíra do filho da Alicia, mas nem fedia pra ser sincero.

Completa o elenco principal da série quem na minha opinião é o melhor: James Van Der Beek, o Dawson, interpretando ele mesmo – um ator decadente marcado por um personagem só. O ator acaba revelando o lado mesquinho dos alpinistas pela fama, sem contar a vaidade. Ele é o melhor amigo de Chloe, que, segundo ela, é gay, mas gosta de mulher.

Eu esperava um pouco mais e confesso que algumas passagens são meio absurdas e sem nexo. Mas o elenco tem uma boa química e produz algumas cenas engraçadas. Com 7 episódios é difícil saber o que vai sair em uma temporada completa agora, mas sem dúvida foi uma decisão acertada em renovar, porque tem potencial.

Vamos ver o que a Bitch vai fazer.

FDL

terça-feira, 12 de junho de 2012

Series Finale: Harry’s Law – 2ª Temporada

harrys-2tNão que eu esperasse durar para sempre mais uma série do David E. Kelley, mas cancelar desse jeito na segunda temporada? Foi um grande desrespeito da NBC.

Para eles o estilo do show seria esse mesmo, até par a os fãs, que sabem pelo que esperar. A audiência não seria a do jovem de forma alguma.

Enfim, a segunda temporada foi infinitamente melhor que a primeira. Deu um gostinho de Boston Legal, porque com Harry tendo um escritório maior, os casos bizarros começaram a reaparecer, da mesma forma que na anterior. Também entrou no elenco fixo da série o ator Mark Valley, que já tinha feito o Brad em Boston Legal.

Os criadores trazem para nós uma série que trata com cuidado e pesquisa assuntos polêmicos e importantes. Os argumentos dos dois lados geralmente são tão bem estudados que a nossa própria opinião oscila durante os debates.

Aliado a isso temos um elenco impecavelmente afiado, além de um roteiro ágil, inteligente e extremamente sarcástico, que atinge a genialidade com as tomadas de câmeras no tempo certo.

Boston Legal foi cancelada porque não tinha audiência dos jovens em tv aberta, fazendo com que os anunciantes não tivessem nela um investimento lucrativo. Com a nova série na NBC a coisa poderia mudar, já que programas como Parks and Recreation, 30 Rock e muitos outros são renovados mesmo com audiências miseráveis.

Talvez a falta de prêmios ou de atenção maior da crítica fizeram com que Harry’s Law não se encaixasse num fenômeno nem de mídia nem de crítica, tornando-a descartável.

Não para mim.

Essa série entra no rol das preciosidades que os americanos já fizeram, sem a menor sombra de dúvidas. Não superando, apenas, obviamente, Boston Legal.

Além de tudo o que eu já falei, preciso destacar um episódio que me deixou bem impressionado: o da disputa das duas famílias, uma americana e uma chinesa, por uma menina sequestrada pelo governo dos últimos. Esse episódio foi tratado com uma sensibilidade única, digna de quem sabe o que faz, de quem de fato quer passar uma mensagem. Não fica de fora também a perfeita atuação da atriz Marianne Jean-Baptiste, a juíza com uma dificil decisão, que já fez um ótimo trabalho em Without a Trace, mas oscila em participações. Está na cara que a Marianne precisa de um papel na televisão, aliás, a televisão que precisa dela.

Até a trilha sonora da série foi boa. No final da temporada, quando os episódios iam acabando sempre tinha uma cena shipper do Adam com a Phoebe. Tocaram várias boas, inclusive essa, cujo vídeo eu achei no YouTube.

(o clipe original está com incorporação desativada – viva os direitos autorais)

Bom, fica aí mais um registro de uma criação excelente que os americanos não souberam aproveitar. Eu aproveitei e sem dúvida espero que o David E. Kelley volte logo com uma nova série de tribunal, mas dessa vez na tv a cabo, oferencendo qualidade a quem merece.

Harriet Horn vai deixar saudades.

FDL

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Season Finale: The Simpsons – 23ª Temporada

Simpsons23

Se não estiver enganado, desde que passei a assistir The Simpsons regularmente, acho que nunca fiz um post sobre o desenho.

Sempre gostei muito, mas nunca levei a sério a ponto de acompanhar semanalmente. Desde a temporada 21 eu passei a fazer isso.

Não tem muito o que falar, já que as habilidades que a série tem em satirizar o mundo atual são inigualáveis. The Simpsons tem um universo em si mesmo, dado o sucesso que conquistou.

Especificamente sobre essa temporada, claro que há episódios não tão engraçados, mas no geral a série sempre faz a gente rir. Ah, antes que me esqueça – legendado, por favor.

O episódio final foi muito bom, com um universo de Gaga.

O episódio em que a família faz um cruzeiro também é muito engraçado. Aliás, são vários, fica inviável destacar todos.

Recomendo sempre.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Varg Veum–Bitre Blomster

vargveum-bitreblomsFilme: Varg Veum – Bitre Blomster
Nota: 7
Elenco: o nome dele é Trond Espen Seim
Ano: 2007
Direção: Ulrik Imtiaz Rolfsen

 

 

 

 

 

Se os suspenses escandinávos estão fazendo sucesso, vamos agora à Noruega que vai dar tudo certo, certo? Certo!

Não e tão sensacional quanto o resto que está por aí, mas é boa a história de investigação.

Nessa trama Varg Veum é um detetive particular que é procurado por uma política que teve sua filha pequena sequestrada. Em meio a investigações, Varg Veum descobre corrupção, tráfico de armas e outras caralhadas.

O ritmo é um pouco lento e não guardou nenhum mistério, mas até que foi uma boa opção.

Esse detetive tem uma série de filmes, parece que ele é um sucesso por lá. Vou seguir as recomendações e ver mais.

Recomendo.

FDL

domingo, 3 de junho de 2012

Listen To Your Head – Kaiser Chiefs

listen t o your head

There's a million combinations and this is one

There's a million combinations and i am one

There's a million ways to win or lose

There's a million ways to cheat

There's a million ways to show yourself out

There's a million constellations and this is one

There's a million destinations and this is one

There's a million ways to show your heart

There's a million ways to lose

There's a million ways to prove yourself now

If you want to stay alive

You got to play dead

Don't listen to your heart

Just listen to your head

If you want to stay alive

You got to play dead

If you want to stay alive

Then listen to your head

There are endless wrong directions along the way

Endless conversations we did not say

I don't think that it's heaven

And i don't think that it's hell?

If you want to stay alive

You got to play dead

Don't listen to your heart

Just listen to your head

If you want to stay alive

You got to play dead

If you want to stay alive

Then listen to your head

And if you want to go back

Well, you can never go back

And if you want to stay alive

Just listen to your head

If you want to stay alive

You got to play dead

Don't listen to your heart

Just listen to your head

If you want to stay alive

You got to play dead

If you want to stay alive

Then listen to your head

And if you want to go back

Well, you can never go back

And if you want to stay alive

Just listen to your head

Há um milhão de combinações e esta é uma

Há um milhão de combinações e eu sou uma

Há um milhão de maneiras de ganhar ou perder

Há um milhão de maneiras de enganar

Há um milhão de maneiras de se mostrar

Há um milhão de constelações e esta é uma

Há um milhão de destinos e este é um

Há um milhão de maneiras de mostrar o seu coração

Há um milhão de maneiras de perder

Há um milhão de maneiras de provar a si mesmo agora

Se você quiser se manter vivo

Você tem que fingir de morto

Não dê ouvidos ao seu coração

Basta ouvir a sua cabeça

Se você quiser se manter vivo

Você tem que fingir de morto

Se você quiser se manter vivo

Então ouça a sua cabeça

Existem infinitas direções erradas ao longo do caminho

Intermináveis ​​conversas que não dissemos

Eu não acho que é o céu

E eu não acho que é o inferno

Se você quiser se manter vivo

Você tem que fingir de morto

Não dê ouvidos ao seu coração

Basta ouvir a sua cabeça

Se você quiser se manter vivo

Você tem que fingir de morto

Se você quiser se manter vivo

Então ouça a sua cabeça

E se você quiser voltar

Bem, você nunca pode voltar

E se você quiser se manter vivo

Basta ouvir a sua cabeça

Se você quiser se manter vivo

Você tem que fingir de morto

Não dê ouvidos ao seu coração

Basta ouvir a sua cabeça

Se você quiser se manter vivo

Você tem que fingir de morto

Se você quiser se manter vivo

Então ouça a sua cabeça

E se você quiser voltar

Bem, você nunca pode voltar

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sábado, 2 de junho de 2012

Season Finale: Bob’s Burgers – 2ª Temporada

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Não me lembro de ter comentado sobre essa animação por aqui no ano passado. Antes só acompanhava os Simpsons e ocasionalmente algum episódio de Family Guy.

Bob’s Burgers trata de uma família que administra uma lanchonete e segue o estilo adulto de desenhos que a FOX é tão boa em fazer.

Eu passo mal de rir, sobretudo com as críticas ao modelo de família americana.

Minha personagem preferida é a Tina, a filha mais velha, que entrou na puberdade, tem peitolinhas e voz de homem.

Uma curiosidade, que não sei se todos sabem, os gêmeos filhos do inimigo do Bob têm as vozes de Sarah Silverman e da irmã dela, Laura Silverman.

Também tivemos nessa temporada uma participação da atriz Megan Mullally. Aliás, essa atriz só serve pra fazer participações em séries.

Bob’s Burgers teve a segunda temporada curta, somente agora no finalzinho, mas ao que tudo indica a FOX gostou do resultado e acabou a renovando e ainda com temporada completa já em setembro.

Fico feliz com o crescimento da série.

Recomendo.

FDL

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Series Finale: Missing – 1ª Temporada

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Ashley Judd fez uma curta, porém intensa série de 10 episódios que acabou na semana passada.

No enredo, ela interpreta Becca, uma ex-agente da CIA, que precisa retomar suas atividades após o sequestro do seu filho, que estudava em Paris.

Esse fato trágico desencadeia uma sequencia de descobertas sobre terrorismo, traição e uma história que é bem intensa.

O enredo é muito parecido com o do filme Busca Implacável, mas a série não deixa de ser interessante por causa disso.

O final foi bem intenso e deixou um gancho para uma possível continuação, o que não aconteceu, infelizmente. Nesse cenário de disputa por audiência e atenção essa série, por algum motivo não sabido por mim, acabou ficando esquecida.

Deve ter custado uma grana, porque há cenas externas em quase todos os países da Europa, além de serem tomadas de ação.

Foi m bom divertimento agora no final da temporada. Deixou sua marca.

Recomendo.

FDL

O Guarda-Costas

guarda-costasFilme: O Guarda-Costas ( The Bodyguard )
Nota: 7
Elenco: Whitney Houston, Kevin Costner
Ano: 1992
Direção: Mick Jackson

 

 

 

 

 

Na semana passada naqueles momentos de socialização em família acabei ficando na sala com a minha mãe enquanto ela assistia a uma das incansáveis oportunistas reprises desse filme. Acabei assistindo, batendo um papo junto, já que não é um daqueles filmes que exige grande atenção.

No final acabei me surpreendendo. Primeiro que a Whitney Houston não era má atriz, até demonstrou emoções verdadeiras em algumas passagens. Segundo que o filme não é ruim também.

Obviamente que não é o filme da minha vida e daqui a um ano já esqueci da maior parte dos detalhes, mas tendo em vista o que o cinema é atualmente, até que é aceitável.

A Whitney é uma cantora chamada Rachel, que está sofrendo ameaças, inclusive na sua premiação do Oscar e, por isso, sua equipe de seguranças opta por contratar um guarda-costas. A relação começa tensa, com aquela implicanciazinha rotineira, mas depois os dois acabam se apaixonando, em meio à investigação do stalker e do final surpreendente.

As músicas são clássicos do Raul Gil. Toda cantora brega já sonhou em berrar a trilha sonora desse filme.

Como já disse, não é muito marcante, mas de repente é uma boa opção para assistir com a família. Fica o registro.

FDL