domingo, 26 de fevereiro de 2012

A Invenção de Hugo Cabret

hugoFilme:  A Invenção de Hugo Cabretn ( Hugo )
Nota: 8
Elenco: Ben Kingsley, Sacha Baron Cohen, Emily Mortimer, Christopher Lee e Jude Law
Ano: 2011
Direção: Martin Scorsese

 

 

 

 

Com o Oscar próximo de passar, resolvi postar sobre os filmes indicados que eu já assisti, embora muito frustrado por não ter conseguido ver todos.

Hugo é um dos favoritos, principalmente por ter características da moda: tecnologia 3D, diretor famoso, elenco adorável e mais de duas horas de duração, quando é óbvio que não precisava.

O ponto alto do filme na minha opinião é a declaração de amor ao cinema. Sem dúvida um filme que começa como mais uma história de um órfão sofrido acaba sendo um clássico sobre a própria arte.

Não é meu preferido, mas, como a maioria dos indicados, é um bom casamento de boa direção e atuação.

O visual é muito bem elaborado também, que dá uma emoção a mais.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Season Finale: Homeland – 1ª Temporada

Homeland

Confesso que quando a série começou a passar eu não me interessei muito. Imaginei uma série de terrorismo com momentos de introspecção. Um tipo de 24 Horas na sua versão do Showtime.

Com a consagração de Homeland no Globo de Ouro, passei a me interessar. Fiquei ainda mais surpreso quando vi a presença do Mandy Patinkin, que já marcou seu território nas temporadas áureas de Criminal Minds.

O resultado foi que eu acabei assistindo aos 12 episódios em 2 semanas do meu ocupado tempo (aham, claro).

A série de fato é um 24 Horas do Showtime, mas souberam utilizar as partes boas de cada um. No final foi uma série bem interessante, com um mistério cativante e um elenco muito bem afiado para os personagens bem construídos.

Tem coisa mais pavorosa do que aquele ruivo? Sim! A Claire Danes doidona com os olhos esbugalhados. E, claro, a brasileira sempre é a biscateira.

Pontos negativos? Claro que o elenco infantil, sempre se esforçando para estragar séries boas. Quem mais queria aquilo tudo explodindo no final? A chata da menina “whatever” que atrapalhou tudo.

Homeland volta para a segunda temporada, mas não sei bem se consegue sustentar uma história interessante. No entanto, merece créditos, porque há muito tempo eu não conseguia segurar uma série do Showtime, que camufla a falta de inspiração em momentos de silêncio irritante (Dexter) ou de linguagem politicamente incorrenta sem coerência (House of Lies).

Esperemos o que vem por aí.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

The Slap

theslapAproveitando o feriado sem ocupações do mundo real, vim comentar essa minissérie australiana que eu terminei de assistir esses dias.

The Slap possui oito episódios que giram em torno de um evento ocorrido em uma festa familiar: um homem dá uma bofetada no rosto de um menino de cinco anos.

O ocorrido gera uma guerra entre os pais do garoto, o homem que o agrediu, as famílias, os amigos e todos os envolvidos.

A história é genial porque não se encerra nessa polêmica. Cada episódio é focado em um dos personagens, que mostram seu ponto de vista sobre o ocorrido, além de seus próprios dramas da vida, que acabam se entrelaçando com todos os outros integrantes do elenco e nos dando as impressões sobre os posicionamentos deles.

O ponto alto está aí, são todos personagens muito bem construídos, que procuram fugir de estereótipos, além de não cair na pegadinha de tratar assuntos polêmicos com os chavões.

Grande parte dos personagens fazem parte de uma família grega, que possui seus costumes tratados de forma bem sensível.

Se eu pudesse fazer uma crítica seria a de ter escolhido outro personagem para o episódio final. Não que a história do Ritchie não fosse interessante, mas o centro da história no começo parece ser o Hector, no entanto, com o desenvolver nós entendemos que o grande destaque é da Aisha. Ela deveria ter sido o episódio final.

O núcleo adolescente Connie/Ritchie é o menos interessante, mas não deixa de ser devidamente complexo a ponto de nos fazer pensar em como funciona o raciocíno dos mais jovens. Connie quis algo que não pôde ter, então inventou a mentira ao amigo, pois nem coragem de seguir com a mentira teve – só mudou de ideia quando teve um namorado novo e esqueceu do amigo e da obsessão pelo homem mais velho. Já Ritchie corre pelo episódio final inteiro, como uma metáfora de quem quer fugir de um mundo onde não é aceito.

Claro que devo dar minha opinião. A Rosie, mãe do menino, é uma chata e ela deveria ter levado aquele tapa, além de uma esculhambação das lindas. Mas não se agride uma criança, por mais que ela seja mal-educada. No momento da festa, que tivessem saído do local ou forçado os pais a levarem o menino, mas nunca o agredir.

Por outro lado, as reações exageradas são reflexo da própria família desfuncional do menino. A mãe no episódio final já imaginou que o velho tivesse assustado o menino-capeta para que ele tivesse cuspido. Isso sem contar o fato de ela o amamentar com cinco anos.

O mais interessante é que o tapa por mais que gerasse uma simpatia pelo Harry, aparentemente o único a ter feito algo, ainda que de maneira exagerada, acaba mudando de figura no seu próprio episódio, quando vemos aquilo como só mais uma manifestação de violência de um homem agressivo e perigoso.

Uma pena não ter mais. Essa história realmente marcou, mas é bom assim, uma minissérie de qualidade, que não peca pelos exageros e pelos excessos.

Merece todos os elogios que recebeu da crítica – deu gosto de assistir.