quinta-feira, 29 de julho de 2010

Series Finale: Boston Legal

bostonlgealdelia

Finalmente me rendi e vou fazer o post da série drama que eu mais gostei na história. Curiosamente, só fui assistir depois de ter sido cancelada. E não sabia nada sobre ela, somente que era de tribunal.

No entanto, Boston Legal acabou se revelando a melhor dramédia já exibida e um elenco com a melhor química que eu já vi.

A história é simples. Crane Pool and Schimdt é um escritório de advocacia e a cada episódio temos os advogados batalhando nos casos e nas suas vidas pessoais. Tá, o que tem demais nisso? A forma.

Boston Legal tem uma narrativa irônica e crítica. Há um forte senso de humor e conteúdo político. Além disso, sempre há casos tabus ou incomuns em pauta.

O elenco sempre muda quase que completo a cada temporada. Dizem que foi um dos pontos negativos da série. Por mais que eu sinta falta de quem sai, acho isso legal, porque sempre há um clima de novidade. A gente não cansa de olhar pra cara das mesmas pessoas.

A estrela do programa é o advogado Allan Shore (James Spader). Allan é o mais talentoso advogado e tem fama de fazer qualquer coisa pra ganhar. Sempre insulta juízes, desafia os chefes, ironiza a política do país e faz você ficar ou boquiaberto ou emocionado nas alegações finais. Só que é um homem com um coração gigante, que sofre em ter a dura tarefa de por várias vezes defender interesses que não são os seus.

Allan tem um melhor amigo, o Denny Crane (William Shatner), sócio fundador do escritório. Denny é uma lenda. Só que está ficando velho e gagá, mas sem perder a personalidade excêntrica. É conservador, tarado, adora armas e luta durante toda a série contra a inexorável força corrosiva do destino.

Os dois amigos no final de cada episódio fumam um charuto e bebem um scotch na sacada da sala principal do escritório refletindo sobre a vida, sobre o direito, sobre política e, por algumas vezes, sobre a própria série. Isso mesmo, há muitos efeitos de metalinguagem, por exemplo o Allan falar: “Por favor, excelência, vamos logo, o episódio está acabando e eu ainda nem fui pra sacada” ou “Não discuta comigo, você é só um figurante”, ou “Nossa, não te vejo desde a temporada passada, quando você nos abandonou pra tentar carreira no cinema”.

Há outros personagens incríveis. Shriley Schimidt (Candice Bergen), outra sócia, que representa a beleza da mulher moderna quando atinge a idade madura. Todos são apaixonados por ela, que demonstra sempre ser um ser superior a eles, que a colocam num pedestal. Jerry Esperson, um advogado brilhante, mas com uma doença que o impede de ter relações sociais sadias.

Katie Loyd, Denise Bauer, Brad Chase, Bethany (a advogada anã) são outros.

Os juízes também são personagens importantes, já que estão em todos os episódios e são muito explorados pelo seu lado humano.

Você assiste a apenas um episódio e já sai cantarolando a música de abertura (é o ringtone do meu celular, claro). Depois de um tempo, a gente sente que é daquele escritório e que o Allan, a Kate, o Denny, são amigos nossos.

A capacidade de criar histórias instigantes e personagens complexos é imbatível. O senso de humor com que se trataram temas sérios e cheios de preocupações é genial. A capacidade de influencias as pessoas é inesquecível. Por isso que Boston Legal deixa saudade.

Acabou porque exige maturidade, coisa que a tv aberta americana não está pronta para aceitar (no final da série, obviamente, há um episódio que critica séries com audiência entre os mais velhos sendo canceladas). Todavia, aqui houve respeito. A série foi devidamente finalizada e teve um series finale memorável.

Que a esperança de mais programas assim não morra.

domingo, 25 de julho de 2010

Series Finale: Gravity – 1ª Temporada

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Tá aí, mais um finale e mais um cancelamento.

Dessa vez é uma comédia cult, de humor negro e de humor melancólico. Ainda assim, excelente.

Faz parte de uma emissora que investiu em comédias de qualidade, recebendo apoio da crítica, mas não da audiência. Resultado? Cancelou tudo.

Gravity trata da vida de um grupo de pessoas que tentaram o suicídio sem sucesso. Depois disso, todas fazem parte de um grupo de terapia, que os leva a um processo de empatia, que com certeza os muda.

Minha personagem preferida, com certeza, é a Lilly Champagne. Uma mulher com problemas paternos, problemas existenciais e problemas com homens. Mas, ao mesmo tempo, possui uma grande bondade e sensibilidade. A atriz Krysten Ritter, que eu não conhecia, deu um show nessa série. Tenho certeza de que ela terá um excelente futuro.

O Detetive Miller também chama a atenção, como um clássico stalker, cujos motivos só entendemos no final do episódio derradeiro. Excelente personagem também.

Eu confesso que me interesso muito por ficções que exploram bastante a profundidade dos personagens. Não acho isso obrigatório, já que pode haver fundamento em outras características. Mas esse, em especial, eu gosto muito. Aqui foi feito com muita competência.

A trilha sonora também não fica atrás. Se prestamos atenção, sempre temos alguma música com tema relacionado ao suicídio, à gravidade, que nessa série tem o sentido de ser aquela força que nos prende à realidade.

Infelizmente, foi cancelada e tivemos um final com gancho. Um gancho incrível que nunca será respondido. Ao fazer isso, a Starz somente se iguala a emissoras como CBS, ABC e FOX, que desrespeitam os fãs das séries, comprando histórias boas e as mutilando por conta da audiência.

É uma série com um toque artístico. Realmente única. Realmente fará falta.

FDL

Season Finale: 100 Questions – 1ª Temporada

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Mais um período de ostracismo e mais um monte de coisa pra falar. Como eu queria ter mais tempo.

A série da vez foi uma comédia romântica, de nome 100 Questions. Teve apenas 06 episódios e um cancelamento certo. Faz parte daquele bloco de séries que são canceladas antes da estreia, mas colocam no ar para não perder o investimento e tapar os buracos na programação.

É muito parecida com Romantically Challenged, que eu comentei há algumas semanas. Todavia, é um pouco melhor.

Aqui nós temos como protagonista a inglesa confusa Charlotte Payne, uma mulher que sofre em encontrar o homem ideal e procura uma agência de encontros para ter um pouco de sorte.

Para isso, ela passa por uma entrevista com um atendente do tipo “gay mal-humorado”, que faz perguntas pessoais, para montar o perfil dela. Cada pergunta gera uma história que dura um episódio (sim, o seriado deveria ter se chamado 06 questions).

O que Romantically Challenged tinha de bom, o elenco, 100 Questions não tem. O ator que faz o personagem Wayne (o mulherengo obrigatório) é ruim de doer. O resto não esbanja carisma também.

Confesso que era uma série bem divertida. As sitcoms de enfoque jovem-adulto não estão conseguindo emplacar. Isso é uma pena, porque Friends deixou um  buraco na vida dos seriados que ninguém consegue tapar. Eu vou assistindo a todas, como um viúvo procurando a mulher que já morreu.

Mas, mesmo assim, recomendo pra quem gosta de ser feliz.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Cadáveres

unrest Filme: Cadáveres (Unrest)
Nota: 3
Elenco: Oi?
Direção: Jason Todd Ipson
Ano: 2006

 

 

 

 

 

Pode falar que eu não aprendo. Eu mereço.
Sei lá como eu acabei encontrando com esse lixo de filme nas minhas pesquisas.
A história é de um grupo de estudantes de medicina que passam a lidar com um corpo muito bizarro na aula de anatomia.

Claro que tem aquela nerd chata que não para quieta e resolve investigar o que aconteceu.
Descobre-se uma magia/feitiço/maldição com essa mulher morta. Isso ela teria pego/encontrado/deparado de espíritos astecas brasileiros (???).

Calma, não acabou.

As pessoas passam a morrer de um jeito bizarríssimo e algumas ficam loucas (em atuações dignas de Oscar).

Por fim, só se livrando do corpo no Brasil, né? Alooou, e se o espírito ficou preso no hospital? (cara de dúvida).

Ah, isso a gente só sabe no filme 2, né?

Piadinhas infames à parte, esse treco ganhou prêmios em festivais de filmes de terror. Isso mostra mesmo a que ponto chegamos. Não há o mínimo critério nem o mínimo esforço para fazer algo que preste. Bastam as imagens perturbadoras e as clássicas cenas no armarinho do banheiro.

Uma pena.

Para quem já viu algum filme de terror na vida não recomendo mesmo.

FDL

Date Night

date_night_poster Filme: Date Night
Nota: 8,5
Elenco: Tina Fey e Steve Carell. Participação do Ray Liotta e do Mark Wahlberg e uma pontinha da Leighton Meester (Blair de Gossip Girl).
Direção: Shawn Levy
Ano: 2010

 

 

 

Tá aí uma comédia gostosa de assistir. Trata-se e um casal comum de New Jersey que decide ter uma noite especial. Porém, tudo acaba dando errado e eles passam a ser perseguidos por bandidos perigosos. Nem para a Polícia podem correr!
É bem aquelas histórias bobinhas, que o pessoal sem muita paciência pra filmes complicados adora.

O talento para comédia que a Tina Fey e o Steve Carel têm realmente é inegável e isso torna o filme engraçado o tempo todo.

Nâo tem nada de genial, só o talento de quem produziu e atuou mesmo.
Só acho que não precisava exagerar nas cenas de pancadas e tombos, acho muito bobo.
Aproveitem esse friozinho e façam pipoca, tomem um café e assistam a esse filme.
Recomendo.

FDL

Season Finale: The IT Crowd – 3ª Temporada

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Eu já via propagandas dessa série na Sony, na época em que esse canal de merda ainda passava The Sarah Silverman Program. Eu ficava curioso como que era aquilo, mas nunca dei importância.

Fui saber depois que essa série é a primeira que trouxe os geeks para a comédia. E vamos combinar, de um jeito sensacional.

A história é de dois nerds, Roy e Moss, eles trabalham em uma empresa gigante, mas como técnicos de computador não são importantes, ficam nos esquecidos andares de baixo. Logo no primeiro episódio conhecemos Jen, uma mulher comum que não entende nada de computadores, mas acaba mentindo que sabe para pegar o emprego e vira a gerente do local.

O contexto é sempre o de situações absurdas e de atitudes ridículas que ocorrem quando um se mete no mundo do outro e quando eles se metem a tentar fazer o que não sabem.
Boa parte do humor é aquele "que só nerds entendem" e esse recurso é bem explorado.

Por exemplo, para se vingar de Jen, Moss e Roy dizem que vão ajudá-la a preparar um discurso de funcionária do mês. Como ela não entende nada de computador, eles a entregam uma caixa preta e falam que aquilo é a "internet", para ela exibir aos outros, mas tomando cuidado, porque se a caixa é danificada, instaura-se o caos mundial. O engraçado é o plano dar errado, porque as pessoas da palestra também não entendem de computador e acabam acreditando que a caixa é a internet.

Eu tinha assistido no verão a duas temporadas (também curtíssimas, de 6 episódios de 20 minutos). Mas guardei a terceira para agora, para não "acabar com tudo de uma vez". A terceira é a melhor.

Destaque também para o personagem Richmond, um gótico depressivo que trabalha na mesma sala que eles mas a gente só descobre isso no meio da série, porque ele fica excluído por causa da sua energia negativa.

Outro elemento bem legal dessa série são os cortes feitos com vídeos paralelos, quase como digressões. How I Met Your Mother e a finada That's 70 Show faziam muito bem isso.

A 4ª temporada já começou, está no ar e eu estou acompanhando. No fim, claro que eu comento.

Recomendadíssima. Mas é pra nerd mesmo, desculpa.

FDL